Casas Bahia (BHIA3) cai 70% em 6 meses: ‘Nada mudou, e ações devem continuar sob pressão’, diz JPMorgan

Em meio a uma queda de 70% nos últimos seis meses, as ações da Casas Bahia (BHIA3) não devem ter grandes mudanças com as novidades recentes, segundo analistas do JPMorgan.

Nesta semana a Casas Bahia anunciou a renúncia de Abel Ornelas Vieira ao cargo de vice-presidente comercial e de operações da companhia, para o qual havia sido eleito em 3 de maio deste ano.

“No geral, sua saída não surpreende, dadas as dificuldades enfrentadas pela empresa tanto operacionalmente quanto em seu balanço”, diz o JPMorgan sobre BHIA3.

“Esperamos que as ações continuem sob pressão, principalmente agora que um novo chefe comercial provavelmente será nomeado em meio a um desafiador processo de recuperação”, segue o time de analistas do banco.

Os analistas destacam que o executivo era o único da casa com ampla experiência no segmento de varejo, tendo mais de 30 anos de atuação no setor.

Renato Franklin, que encabeçou a ‘dança das cadeiras’ nos executivos da antiga Via Varejo veio do setor de locação de carros, por exemplo – antes atuava na Movida (MOVI3).

O CEO da empresa declarou ao Brazil Journal que pretende acumular a posição deixada por ao menos um ano.

“Eu quero estar mais perto da operação e do comercial. Com isso, os diretores estarão mais perto de mim e poderemos ganhar agilidade removendo essa camada da hierarquia,” disse o executivo.

Abel já teve passagem no Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), além de ter integrado o time do Magazine Luiza (MGLU3) e da Casas Pernambucanas.

O executivo, aliás, esteve diretamente envolvido na operação na qual a família Klein recomprou participação na então Via Varejo, ajudando a montar o time de 20 pessoas que estavam na empresa em meados de julho de 2019.

Desempenho das ações da Casas Bahia

As ações da Casas Bahia sobem 3,5% no intradia desta quinta-feira (28), a R$ 0,59. Nos últimos 30 dias, os papéis caem 59%, e em 12 meses, recuam 81%.