A Casas Bahia (BHIA3), antiga Via, comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral a data de sua assembleia geral ordinária e extraordinária (AGOE) de 2024.
Segundo comunicado, a assembleia geral ordinária e extraordinária da Casas Bahia está prevista para o dia 30 de abril de 2024, às 11h.
Ainda de acordo com a Casas Bahia, informações sobre os prazos, procedimentos e orientações para cadastro e acesso ao sistema eletrônico para participação a distância estão disponíveis no edital de convocação e da proposta da administração para a assembleia.
Na última quinta-feira (28), a Casas Bahia informou que o JP Morgan (JPMC34) aumentou sua participação para 5,86% do número total de ações ordinárias da companhia, segundo comunicado anexado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo comunicado, a porcentagem atingida pelo JP Morgan corresponde a 898.973 papéis ordinários da companhia. A instituição detém 5.571.948 instrumentos derivativos com previsão de liquidação física em posição comprada.
“O aumento da participação teve motivação exclusiva de investimento e de proteção de riscos financeiros assumidos em operações celebradas com clientes e não visa, portanto, alterar a composição do controle ou da estrutura administrativa da companhia, sem prejuízo do regular exercício de direito de voto pelos referidos investidores”, escreveu o JP Morgan.
Casas Bahia (BHIA3) perde R$ 2,6 bilhões em 2023 com reestruturação
O grupo Casas Bahia registrou prejuízo de R$ 1 bilhão no quarto trimestre, 513,5% maior do que as perdas no mesmo período de 2022.
Esse foi o sexto trimestre consecutivo em que o resultado líquido da Casas Bahia foi negativo. A última vez em que registrou lucro foi no segundo trimestre de 2022 – de R$ 16 milhões. No ano de 2023, o prejuízo acumulado chegou a R$ 2,62 bilhões, ante perda de R$ 342 milhões no ano anterior.
No comunicado que acompanha o balanço, a varejista diz que os números vieram ainda impactados por ajustes do seu plano de transformação.
“O quarto trimestre de 2023 marca a continuidade do plano de transformação apresentado no segundo trimestre de 2023 e reforça a alta capacidade de entrega das iniciativas, que seguem dentro do planejado e terão captura gradual ao longo de 2024 e 2025”, diz a empresa.
De acordo com o presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, a empresa executou até agora cerca de 35% do plano de transformação.
O maior impacto dos ajustes da reestruturação recaíram justamente sobre o trimestre passado e no imediatamente anterior, segundo o executivo.
“Não enxergamos os níveis de impacto daqui para frente. O primeiro trimestre de 2024 já vem muito mais limpo. Por isso, falamos para o mercado que olhar o início de 2024 será enxergar um carro com motor novo”, disse Franklin, em teleconferência com investidores.
As receitas brutas tiveram queda de 15,5% em relação ao quarto trimestre de 2022, fechando em R$ 8,8 bilhões. E o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi negativo em R$ 163 milhões, recuo de 74% ante um ano antes.
Nos últimos três meses do ano passado, a Casas Bahia realizou o fechamento de 17 lojas. Mas desde o início da reestruturação, foram 55 unidades encerradas e quatro centros de distribuição “readequados”.
De acordo com o CEO das Casas Bahia, a partir deste ano o resultado operacional (Ebitda) ajustado ficará muito mais próximo do contábil. “Será mais fácil de enxergar a realidade da companhia”.
Desempenho das ações de Casas Bahia
Cotação BHIA3