O conselho de administração das Casas Bahia (BHIA3) aprovou a convocação de uma nova assembleia geral extraordinária (AGE), com o objetivo de os acionistas deliberem sobre a proposta de um novo grupamento de ações da varejista.
O novo grupamento de ações das Casas Bahia, caso aprovado, seria realizado na proporção de 25 para 1. Para os investidores aprovarem ou rejeitarem a pauta, eles estão convocados para participar da assembleia do dia 16 de novembro de 2023.
A proposta de grupamento de ações da ex-Via e Via Varejo é colocada em pauta após suas ações acumularem uma queda de 78,7% somente em 2023.
Isso fez com que o preço dos papéis terminasse o pregão de hoje (24) a R$ 0,51, o que configura o papel como “penny stock”, ou seja, ação negociada abaixo de R$ 1. As ações BHIA3 caíram 3,8% nesta sessão.
O grupamento de ações é um processo geralmente voltado ao aumento do preço dos papéis de uma empresa, sobretudo quando elas se tornam “penny stocks”. A ação das Casas Bahia tem o preço inferior a R$ 1 desde 14 de setembro.
Além do grupamento, a assembleia terá outras duas pautas a serem analisadas pelos acionistas, mas que estão relacionadas à primeira:
- Mudança do caput do artigo 5º do estatuto social das Casas Bahia, em decorrência do grupamento;
- Consolidar o estatuto social da companhia de modo que ele reflita essas mudanças.
Banco Citi corta preço-alvo das ações das Casas Bahia em 70%
Em seu mais recente relatório de análise sobre as Casas Bahia, o banco Citi cortou o preço-alvo das ações da varejista em cerca de 70%, com o valor passando de R$ 2,30 para R$ 0,70. Na ocasião, estimava-se um potencial de alta de 15%, diante da cotação da época (11 de outubro).
No entanto, com o fechamento do pregão de hoje (24), o preço-alvo do banco Citi está 37,25% acima da cotação atual, após o papel registrar novas quedas posteriormente.
Em relatório anunciado pelo InfoMoney, os analistas do Citi disseram que a empresa está “de volta ao básico”, considerando a sua estrutura mais leve, embora os desafios macroeconômicos para o setor continuem.
Mesmo com o corte no preço-alvo da ação BHIA3, o banco manteve sua recomendação para neutra/alto risco para o papel.
“O processo de recuperação deverá ser gradual e a visibilidade da recuperação do setor e da recuperação dos lucros será limitada”, acreditam os analistas sobre as Casas Bahia.