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Casas Bahia (BHIA3) anuncia nova marca CB Full; entenda

Casas Bahia. Foto: Divulgação

Casas Bahia. Foto: Divulgação

O Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou na noite desta quarta-feira (30) que está unificando suas operações logísticas sob a nova marca CB Full. Com essa iniciativa, a varejista pretende integrar suas operações de fulfillment, transporte e serviços de operador logístico em uma só estrutura.

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destacou que, nos últimos três anos, tem investido no desenvolvimento e aperfeiçoamento de sistemas e processos para oferecer ao mercado serviços logísticos de alta qualidade.

Atualmente, a empresa atende mais de 25 clientes na última etapa de transporte (última milha) e cerca de 40 clientes em serviços de armazenagem. Em 2024, essas operações devem gerar um GMV (valor bruto de mercadoria) superior a R$ 1 bilhão, diz a companhia, fruto de um amadurecimento que já ocorre há aproximadamente três anos.

“Os ativos e sistemas que desenvolvemos são a base para expandir nossa presença como fornecedor de soluções logísticas inovadoras para o mercado, agregando valor de forma contínua e consistente ao nosso negócio principal”, informa a BHIA3.

Além disso, conforme comunicado, o CB Full contará com um novo serviço chamado Full Cross, que permite aos fornecedores armazenarem seu estoque na rede logística da Casas Bahia antes da confirmação de pedidos em canais do grupo ou em outras plataformas.

“Os objetivos principais são reduzir o capital antecipado em estoques, diminuir rupturas, criar oportunidades para ampliação de sortimento e garantir o abastecimento ‘just in time‘, com inteligência comercial e visibilidade em tempo real do estoque disponível”, explica o comunicado.

Casas Bahia (BHIA3) terá mais um trimestre fraco?

A Casas Bahia (BHIA3) vai reportar seus números do terceiro trimestre deste ano no próximo dia 13 de novembro, e em relatório, a Genial Investimentos diz esperar

uma recuperação das vendas em lojas físicas, com um crescimento de 5,5% no quesito mesmas lojas, acima da inflação anual de 4,4%.

No entanto, dizem os analistas, essa recuperação depende do aumento da concessão de crédito, o que acarreta riscos financeiros, pois o grupo ainda não possui um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) operacional.

Dessa forma, o Grupo Casas Bahia arca integralmente com o risco de crédito, financiando-se a uma taxa pré-fixada de 17,7% ao ano, acima da taxa Selic.

Esse aumento na carteira de crédito, diz a Genial, impacta o balanço da Casas Bahia no trimestre devido ao crescimento da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) e pressiona a margem líquida com maiores despesas financeiras.

Embora a inadimplência esteja controlada, entre 8,5% e 9,0%, os analistas enxergam um risco de que uma piora econômica eleve a inadimplência e reduza a rentabilidade futura da empresa.

A Genial Investimentos tem recomendação de venda para as ações da Casas Bahia (BHIA3), com preço-alvo de R$ 4.

Neste ano, a Casas Bahia acumula uma queda de cerca de 63%. Já em outubro, os papéis da companhia apresentam desempenho negativo de cerca de 15%.

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