A Casas Bahia (BHIA3) assinou um novo documento que contém os termos e condições para que seja realizado o reperfilamento de suas dívidas, no valor de R$ 1,5 bilhão.
Conforme comunicado nesta quinta-feira (29), essas dívidas da Casas Bahia se referem às emissões de Cédulas de Crédito Bancário (CCB) e também a sua 9° emissão de debêntures. O termo foi assinado junto a instituições financeiras.
Agora, as dívidas reperfiladas da empresa varejista vão ter um novo prazo de vencimento, que é de 3 anos, ou 36 meses. O vencimento anterior aconteceria entre os anos de 2024 e 2025.
A amortização do montante principal acontecerá depois da carência de 18 meses, por meio de pagamentos trimestrais de 5%, depois da carência, e de 70% quando chegar ao 36° mês. O custo dessas operações corresponderá a CDI + 4% ao ano.
A conclusão do reperfilamento de dívidas ainda está sujeita à negociação dos documentos definitivos, assim como a aprovações finais pelos credores. Além disso, é necessário superar as demais condições que geralmente se aplicam a esse tipo de operação.
A posição de caixa e de recebíveis de cartões, incluindo os recebíveis que não foram descontados, somava R$ 3,6 bilhões até o final de 2023.
O endividamento da companhia é de R$ 3,9 bilhões. Desse total, cerca de 41%, equivalente a R$ 1,7 bilhão, são dívidas que vencem no longo prazo. Com o processo de reperfilamento, essa fatia passa a ser de 69%.
Confira na imagem a seguir o cronograma atual, ou seja, antes do pré-alongamento.
Agora, acompanhe como ficaria o cronograma pós-alongamento, ou seja, com o reperfilamento das dívidas da varejista.
A empresa de varejo ressaltou que os valores divulgados sobre posição de caixa, liquidez e cronograma de amortização são apenas preliminares e, portanto, por ainda não estarem auditados, podem eventualmente passar por ajustes.
Ações da Casas Bahia
As ações da Casas Bahia, negociadas sob o ticker BHIA3, encerraram a sessão desta quinta-feira (29) em alta de 1,46%, cotadas a R$ 9,04.
Com isso, os papéis registram o 4º avanço diário consecutivo, acumulando um desempenho positivo de 14,58% neste mês de fevereiro. Por outro lado, considerando a cotação final da Casas Bahia em 2023, de R$ 11,38, o desempenho acumulado neste ano até agora é de -20,56%.