Segundo uma denúncia anônima, a Casa Branca tentou acobertar registros das conversas do presidente norte-americano Donald Trump. O governo teria tentado interceptar as conversas entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em 25 de julho deste ano.
A fonte disse à rede de televisão estadunidense CNN que a tentativa de reter as informações partiu do uso de permissões de administrador no sistema de computadores do governo de Donald Trump, o que seria classificado como “abuso”.
A denúncia, que foi publicada na íntegra na manhã desta quinta-feira (26), indica que o presidente instruiu Mike Pence, seu vice-presidente, a cancelar a viagem à posse de Zelensky no Leste Europeu, pouco tempo antes da conversa.
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Segundo a fonte anônima, Trump pretendia aguardar para saber melhor qual seria o comportamento do novo líder da Ucrânia.
Além disso, a conversa entre o presidente estadunidense e o ucraniano teria sido acompanhada por representantes de diferentes áreas do governo dos EUA. Entre eles estavam funcionários do Departamento de Estado e da Inteligência do país, já que a expectativa era de uma “conversa de rotina”.
Jon Biden pede que Trump seja responsabilizado
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e candidato à presidência em 2020 pelo Partido Democrata, Jon Biden, acusou o presidente Trump de “abuso de poder”.
“Donald Trump pressionou a Ucrânia a produzir uma mancha contra um oponente político, se utilizando de uma conspiração maliciosa”, disse Biden, em comunicado nesta quinta-feira (26).
O candidato afirmou que o Congresso tem o direito de analisar a íntegra da denúncia anônima que motivou o pedido de impeachment anunciado na última terça-feira (24).
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Na conversa do dia 25 de julho, Trump solicitou ao novo líder ucraniano que investigasse a Hunter Biden, filho do candidato opositor, que foi indicado para o conselho de uma empresa de energia na Ucrânia.
O candidato, que foi vice-presidente durante todo o mandato de Barak Obama, pediu ao Congresso que responsabilize Donald Trump por “colocar interesses políticos pessoais acima do seu juramento sagrado e da segurança nacional”. “Não é uma questão entre Republicanos e Democratas. É um problema de segurança nacional”, declarou Biden.
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