A Embraer (EMBR3) encerrou o primeiro trimestre de 2021 com uma carteira de pedidos firmes praticamente estável, com uma previsão de entrega no valor de US$ 14,2 bilhões (cerca de R$ 77,2 bilhões). Esse número corresponde a uma leve queda de 1,4% na comparação com dezembro de 2020, quando chegou a US$ 14,4 bilhões.
De janeiro a março, a fabricante brasileira entregou um total de 22 jatos, sendo nove comerciais e 13 executivos (10 leves e três grandes). No último trimestre de 2020, a companhia entregou um total de 71 jatos, sendo 28 comerciais e 43 executivos (23 leves e 20 grandes). Em 2020, um total de 130 jatos foram entregues pela Embraer – 44 comerciais e 86 executivos.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa lembra que durante os primeiros três meses do ano a KLM Cityhopper, subsidiária regional da KLM Royal Dutch Airlines, recebeu seu primeiro jato E195-E2, por meio da empresa ICBC Aviation Leasing, elevando para 50 o número total de jatos da Embraer operando na frota KLM Cityhopper.
No mesmo período, a Air Peace, a maior companhia aérea da Nigéria e do Oeste da África, recebeu seu primeiro jato E195-E2. A Air Peace se tornou assim a primeira cliente de E2 na África, sendo também e empresa lançadora global do design de assentos escalonados da Embraer.
Ainda no trimestre, a Embraer entregou a primeira conversão de um Legacy 450 em um jato Praetor 500 à AirSprint Private Aviation
“A empresa canadense de propriedade compartilhada tem programada uma segunda conversão ainda este ano, além da entrega de um novo Praetor 500, também em 2021. Com essas adições, a Airsprint terá três Praetor 500 na frota e um total de nove aeronaves da Embraer“, informa a companhia.
Ativa Research vê resultado da Embraer ainda fraco
Para a Ativa Research, os números divulgados pela Embraer, apesar de mostrarem uma recuperação, ainda apresenta um “hiato” frente a trimestres anteriores à pandemia. “Ao reportar uma carteira firme de pedidos de U$D 14,2, Embraer mostra números 11,3% inferiores à 2019”, dizem os analistas da casa.
“Em suma, os números evidenciam que a companhia segue com o árduo trabalho comercial para costurar novos contratos e suprir a defasagem quantitativa que seu relatório demonstra”, afirmam. A Ativa manteve sua recomendação para a Embraer em neutra e afirmou enxergar um quadro comercial difícil para a celebração de novos contratos no futuro próximo.
(Com Estadão Conteúdo)