O CEO da BR Distribuidora, Rafael Grisolia, afirmou nesta terça-feira (7) que a companhia está trabalhando para apresentar o Cartão Caminhoneiro. A informação é do “Estado de S. Paulo”.
De acordo com o CEO da subsidiária da Petrobras (PETR4), “é produto novo [Cartão Caminhoneiro]. Tem de ser produto de mercado. Estamos trabalhando nele”, afirmou.
O Cartão Caminhoneiro foi anunciado em fato relevante em 26 de março deste ano. A Petrobras e a BR Distribuidora informaram que o cartão “viabilizará a compra por caminhoneiros de litros de diesel a preço fixo nos postos com a bandeira BR”.
Na mesma data, as empresas estipularam cerca de 90 dias para o desenvolvimento do projeto.
O Cartão Caminhoneiro funcionará de maneira pré-paga, e é uma medida apontada como pacificadora entre o governo e a classe. Afinal, o cartão, segundo a Petrobras, “servirá como uma opção de proteção da volatilidade de preços, garantindo assim a estabilidade durante a realização de viagens”.
Rafael Grisolia está na chefia da BR Distribuidora desde 2 de maio. “Venho aqui com, essa passagem pela Petrobras, com mais entendimento de como o controlador olha o investimento”, afirmou o CEO.
Ainda na conferência, Grisolia falou sobre a oferta pública inicial de ações. “Toda a agenda que foi colocada por investidores no momento do Initial Public Offering (IPO) da BR Distribuidora está presente […] A primeira mensagem que deixo é a de continuidade. Vamos seguir nas nossas metas do IPO com evolução e bastante foco nos pilares que a gente endereçou naquele momento”.
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Acordo entre governo e caminhoneiros
Em 22 de abril, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, reuniu-se com integrantes da Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA).
Na data, o governo comprometeu-se a atender diversas reivindicações da classe. E o acordo evitou uma nova greve dos caminhoneiros, cuja data prevista era 29 de abril. A política passou a valer já no dia 23 de abril.
Agora, os motoristas tem livre acesso para denunciar ao ministério as empresas que não cumprirem com o estabelecido. Isto é, a política de preço mínimo.
Até o acordo ser firmado, as infrações também concediam multas aos caminhoneiros, no valor de R$ 550. A regra era válida para denúncias feitas à reportadas para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Com o acordo, os caminhoneiros estarão isentos dessa autuação.
De acordo com o documento divulgado, os compromissos firmados que evitaram uma nova greve dos caminhoneiros foram:
- Estudar a eliminação de multas desnecessárias;
- Transferência do custo do diesel para a tabela do frete;
- Fiscalização efetiva da referência de custo do piso mínimo do frete;
- Celebração de um termo de compromisso com as entidade representantes da categoria para tornar mais efetiva a fiscalização.
O Cartão Caminhoneiro também é uma medida para evitar uma nova paralisação. Apesar de não estar inserido no acordo feito entre o governo e a classe.