Carros com desconto já podem acabar? Programa ultrapassa 60% do teto, revela jornal
O programa do governo federal para redução no preço de carros populares de até R$ 120 mil já atingiu 60% da verba planejada, segundo informações da Folha de S.Paulo . Equivalente a R$ 300 milhões, esses recursos são solicitados pelas montadoras como um apoio do governo para que elas consigam baratear o preço dos carros sem grandes prejuízos.
Até a última sexta-feira (16), o valor destinado às montadoras marcava R$ 170 milhões. Após atualizações do final de semana, a apuração da Folha de S.Paulo revela que esse número deve ser atualizado para R$ 300 milhões em breve pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio de Serviços (MDIC).
Lançado no dia 5 de junho, o programa de descontos em automóveis tinha uma previsão inicial de duração de quatro meses. Contudo, representantes do setor calcularam o contrário.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), representante das montadoras, calcula que o programa não deve se estender por muito mais que um mês. Para esse cálculo, a Anfavea considerou o descontos médio por automóvel de R$ 4,5 mil a R$ 5 mil, considerando que as reduções variam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil.
Como funciona o programa de descontos para carros?
Desde o início deste mês, foi lançado um programa de descontos no preço de carros com valor de até R4 120 mil. As reduções podem variar entre 1,6%, e 11,6% nos valores atuais, de R$ 2 mil a R$ 8 mil. As concessionárias e montadoras também podem dar descontos adicionais e superar esses valores.
A definição das faixas de desconto leva em conta três critérios: menor preço, eficiência energética e porcentagem de conteúdo nacional. Quanto maior a pontuação nesses critérios, maior o desconto.
Na última quarta-feira (14), o MDIC divulgou a lista das nove montadoras de carros que aderiram ao projeto. Atualmente, a lista conta com mais de 260 versões de automóveis, com 32 modelos diferentes.
Além dos carros, a proposta também abrange a renovação da frota de caminhões e ônibus. Contudo, o teto disponível para estes veículos é calculado separadamente e não está dentro da previsão de um mês da Anfavea mencionada.