Carrefour (CRFB3): BTG avalia resultados como “fracos” e mantém recomendação neutra
O BTG Pactual reforçou sua visão conservadora para o Carrefour após a divulgação dos resultados operacionais do 1T25. Entenda.
O BTG Pactual reforçou sua visão conservadora para o Carrefour (CRFB3) após a divulgação dos resultados operacionais do primeiro trimestre de 2025 (1T25), que foram considerados fracos. O banco manteve a recomendação neutra para as ações do grupo varejista.
Nos primeiros três meses do ano, o grupo reportou R$ 28,8 bilhões em vendas consolidadas, representando um avanço de 3,6% em relação ao mesmo período de 2024.
O GMV (volume bruto de mercadorias) do e-commerce ficou em R$ 3,1 bilhões, o que corresponde a 11,2% das vendas. O valor representa um crescimento de 28,9% na comparação com o 1T24.
Na divisão de Cash & Carry (C&C), as vendas totais aumentaram 7% na comparação anual, em linha com o esperado, impulsionadas pela abertura de 14 novas lojas.
Já na área de financiamento ao consumidor, por meio do Carrefour Soluções Financeiras (CSF), o faturamento cresceu 9%, para R$18 bilhões, com expansão de 15% no Cartão Atacadão (38% do faturamento) e aumento de 9% no cartão Carrefour (56% das vendas).
Ao todo, as vendas “off-us” (fora das lojas Carrefour) cresceram 16% na comparação anual, mas as vendas “on-us” caíram 2%. Enquanto isso, a carteira de crédito total teve expansão de 16%, somando R$ 29 bilhões.
Diante desses resultados, os analistas do BTG avaliam que as “tendências devem melhorar gradualmente ao longo dos próximos trimestres, apoiadas pelos esforços da empresa para otimizar seu portfólio de lojas e pela recente recuperação da inflação de alimentos”.
Apesar disso, o banco alerta que os resultados seguirão pressionados no curto prazo, e que o desempenho das ações deve ser influenciado principalmente pelo fluxo de notícias relacionadas ao processo de deslistagem da companhia.
Península vende participação no Carrefour
Nesta segunda-feira (14), o Carrefour Brasil informou que a acionista Península vendeu a sua participação de 4,9% na empresa.
A decisão aconteceu poucos dias antes da assembleia geral de acionistas do Carrefour, que votará a proposta do grupo francês controlador para fechar o capital da subsidiária brasileira.
No último pregão, as ações do Carrefour encerraram negociadas a R$ 8,29, com leve alta de 0,12%. No acumulado do ano, os papéis já registram valorização superior a 50%.
