Apesar de estar em linha com as estimativas do BTG, os números operacionais do terceiro trimestre de 2022 apresentados pelo Carrefour (CRFB3) vieram mais fracos. A casa de analise manteve a recomendação de compra e o preço-alvo em R$ 26.
“Pressão na margem Ebitda, como esperado”. O relatório destaca a margem bruta consolidada de 18,4% -50bps a/a e 20bps acima de estimativa do BTG e relaciona o resultado à menor inflação, que atinge os números de atacado. A margem Ebitda do Atacadão foi de 7,9%, -50 bps na comparação anual.
No varejo, as quedas não apareceram. A margem bruta do segmento varejo apresentou aumento de 20 bps a/a, ao lado da queda de 20bps a/a nas despesas de vendas, gerais e administrativas. Esses resultados garantiram ao varejo margem EBITDA de 5,6% e o EBITDA consolidada de R$ 1,6 bilhão – dentro do estimado pelo BTG.
Os resultado financeiros do Carrefour totalizaram R$ 741 milhões, que vale 3,5x o apresentado no terceiro trimestre de 2021. De acordo com o BTG, os resultados foram impulsionados por maiores taxas de juros e dívida financeira do Carrefour de R$ 9,4 bilhões. Outro ponto a ser levado em consideração foi a integração do grupo BIG. O lucro líquido ajustado total foi de R$ 256 milhões.
Analise do BTG vê riscos no curto prazo
“Os números operacionais foram, como esperado, mais fracos do que nos trimestres anteriores, tendência que vemos persistir no curto prazo devido à desaceleração da inflação de alimentos, mas os números ainda foram resilientes”, destacou o relatório.
“Juntamente com os resultados iniciais encorajadores da integração do Grupo BIG, isso apoia nossa recomendação de Compra, embora esperemos que os números sejam poluídos pela integração. Com o valuation (17x P/L 2023, incluindo o Grupo Big) negociando a um prêmio em relação aos pares globais, a maioria dos pontos positivos estão precificados, limitando o potencial de valorização de curto prazo”, acrescenta.
Cotação de Carrefour hoje (8)
As ações do Carrefour fecharam em queda de 13,06%, a R$ 15,90, nesta quinta (10).