O Carrefour (CRFB3) informou, na manhã desta quarta-feira (13), que está em conversas com a gigante canadense Alimentation Couche-Tard, do segmento de lojas de conveniência, para uma combinação de negócios. Embora o Goldman Sachs entenda que é muito cedo para fazer qualquer previsão, reitera a recomendação de compra das ações da companhia.
De acordo com a instituição norte-americana, “ainda não temos nenhuma opinião sobre as negociações preliminares sendo concluídas em uma potencial transação”. No entanto, o banco faz algumas ponderações relevantes para os acionistas do Carrefour.
Na hipótese da transferência do controle do Carrefour para a Couche-Tard, ocorreria a transferência indireta da operação brasileira. Isso acionaria os direitos de tag along para investidores minoritários de acordo com as regras do Novo Mercado, nível de governança corporativa da B3 que a empresa faz parte.
De acordo com as normas, o valor justo a ser oferecido aos acionistas minoritários exigiria a aprovação de pelo menos um terço do free float da empresa aqui no Brasil.
Além disso, o Goldman Sachs ressalta que a operações brasileira é relevante para o negócio da gigante varejista. Em 2019, o Carrefour Brasil correpondia a 18% da receita líquida da controladora e 20% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
Vale lembrar que a operação brasileira negocia a múltiplos levemente maiores em comparação à matriz, de acordo com estimativas dos analistas do banco.
Última cotação e preço-alvo do Carrefour
O Goldman Sachs continua com a recomendação de compra das ações do Carrefour na Bolsa de Valores de São Paulo, com o preço-alvo de R$ 25,20. Por volta das 13h15, os papéis da varejista subiam 4,96%, negociados a R$ 21,15, o que perfaz um potencial upside de 19,15%.
Para o banco, os maiores riscos para o Carrefour nos próximos meses são um choque de inflação no preço dos alimentos, aumento na concorrência, riscos de execução e estratégia promocional e necessidade de maiores investimentos em digitalização.