Ícone do site Suno Notícias

Carrefour (CRFB3): entenda possível fechamento de capital

O Carrefour (CRFB3): acionistas aprovam compra do Big

Carrefour Atacadão (CRFB3) - Supermercado. Foto: Divulgação

O Carrefour Brasil (CRFB3), dono do Atacadão, anunciou uma proposta de fechamento de capital, que envolve sua conversão em uma subsidiária integral do grupo francês Carrefour S.A. e sua deslistagem do Novo Mercado da B3.

A transação prevê a fusão das ações do Atacadão em uma nova entidade brasileira (MergerSub), controlada pelo Carrefour, e a troca dessas ações por ativos resgatáveis que podem ser convertidos em dinheiro ou ações do grupo francês.

A proposta prevê um prêmio de 32,4% sobre o preço médio ponderado por volume (VWAP) das ações do Atacadão no mês anterior a 10 de fevereiro de 2025. Considerando a relação de troca com as ações do Carrefour S.A. (CSA), listadas na Euronext Paris, o prêmio oferecido é de 27,3%.

Os acionistas do Atacadão terão três opções para a conversão de suas ações:

A negociação da transação está sendo conduzida por um Comitê Especial Independente e, caso aprovada, será submetida a votação dos acionistas minoritários em assembleia geral. A conclusão do processo é esperada para o final do segundo trimestre de 2025.

Motivações e impactos da proposta

Segundo relatório do BTG Pactual, o desempenho fraco do Atacadão nos últimos trimestres, aliado à sua alavancagem elevada, foram fatores determinantes para a proposta do Carrefour S.A.

As ações CRFB3 acumulam queda de 39% nos últimos 12 meses e a companhia possui um empréstimo intercompany de R$ 8,6 bilhões com sua controladora francesa.

Além disso, a família Diniz, que detém 9,2% do Carrefour Global e 10,2% do Carrefour Brasil, manifestou interesse em vender suas participações, o que pode ter acelerado a decisão do grupo francês, diz o BTG.

O relatório afirma que, mesmo com o fechamento de capital, a estratégia do Atacadão para 2025 seguirá conservadora, com foco na alocação de capital e na otimização do portfólio de lojas.

O cenário competitivo no varejo alimentar, especialmente na divisão de atacarejo, segue desafiador, dizem os analistas, e a empresa ainda enfrenta dificuldades na integração do Grupo BIG, adquirido em 2021.

O BTG Pactual avalia que, apesar das dificuldades de curto prazo, os resultados do Atacadão podem melhorar gradualmente nos próximos trimestres, impulsionados pela otimização da operação e pela recuperação da inflação de alimentos. No entanto, incertezas sobre o impacto da inflação no volume de vendas e os desafios operacionais mantêm a empresa sob pressão no curto prazo.

Nesta terça-feira (11), em linha com a notícia, o Carrefour encerrou a sessão em alta de 10,08%, com as ações CRFB3 cotadas a R$ 7,10.

Sair da versão mobile