Carrefour (CRFB3) congela preços na França em meio à alta da inflação
O Carrefour (CRFB3) anunciou nesta segunda-feira (22) que vai congelar os preços de 100 produtos de uso diário em função do aumento da inflação na França.
De acordo com a apuração da agência internacional Reuters, as medidas ocorrem depois de pressão por parte do governo do presidente Emmanuel Macron, sendo assim esperado que outras empresas tomem medidas semelhantes para conter a alta dos preços.
O Carrefour disse que congelará os preços até 30 de novembro em uma variedade de produtos que vão de alimentos a produtos de saúde e roupas.
Com a alta da inflação, outros varejistas tomaram medidas com as preocupações dos consumidores sobre o aumento do custo de vida.
Em maio deste ano, o grupo francês de supermercados Leclerc congelou até julho os preços dos 120 produtos mais comprados, enquanto em abril as empresas britânicas de supermercados Asda e Morrisons reduziriam valores de itens essenciais.
Dados publicados este mês mostraram que a inflação francesa subiu para 6,8% em julho, a taxa mais alta desde que a França começou a usar a metodologia da União Europeia para os cálculos, no início dos anos 1990.
Carrefour (CRFB3): lucro cresce 1,3% no 2T22 e chega a R$ 600 mi
A rede brasileira do Carrefour registrou, no balanço do segundo trimestre de 2022 (2T22), lucro líquido ajustado com alta de 1,3%, alcançando R$ 600 milhões.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) do Carrefour foi de R$ 1,7 bilhão, aumento de 24,5% na comparação anual. Já a margem Ebitda ficou em 7,1%, com queda de 0,7 ponto percentual.
De acordo com o CFO do Carrefour, David Murciano, a empresa ainda tem melhorias para fazer em relação à sua rentabilidade com ganhos de eficiência.
A margem bruta da companhia foi de 19%, diminuição de 1,4 ponto percentual sobre o 2T21. Segundo Murciano, esse encolhimento se relaciona à inflação do período, que o grupo absorveu.
As vendas brutas consolidadas do Carrefour totalizaram R$ 26,5 bilhões — considerando as vendas do BIG em junho –, alta de 35,6% sobre o 1T21. Excluindo as vendas do BIG, o resultado foi 25,5% acima do mesmo período do ano passado.
As vendas líquidas da empresa alcançaram R$ 42,8 bilhões, um crescimento equivalente a 25,8% sobre a base anual.
Com crescimento no canal digital do Carrefour, o GMV (volume bruto de mercadorias) total foi de R$ 1,5 bilhão, mais de duas vezes maior em relação ao 2T21, impulsionado pela categoria de alimentos – cujo GMV subiu para R$ 814 milhões.
Cotação
As ações do Carrefour encerraram o pregão desta segunda em queda de 0,69%, a R$ 20,06. No ano, acumula ganhos de 40,08%.