Carrefour (CRFB3) negocia operação bilionária de venda de lojas e centros de distribuição; ação sobe
O Carrefour (CRFB3) informou ao mercado que começou a negociar a venda de cinco lojas e de cinco centros de distribuição para a Barzel Properties. A operação está avaliada em cerca de R$ 1,3 bilhão. Nesta sexta (12), após a divulgação desta notícia, as ações da varejista fecharam em alta de 1,43% na Bolsa.
“Esses ativos serão arrendados de volta ao Grupo por meio de contratos de arrendamento com prazos de 20 anos, renováveis por períodos adicionais de 5 anos, garantindo a continuidade das operações”, explicaram os gestores da companhia.
A Operação de Sale and Leaseback está em linha com a estratégia do Grupo Carrefour Brasil de maximizar a eficiência operacional e financeira baseada na revisão contínua de seus ativos imobiliários. Nesse contexto e considerando as oportunidades observadas no setor imobiliário, o Grupo decidiu rentabilizar ativos com perfil voltado para distribuição e logística.
Essa operação está sujeita à aprovação das autoridades, negociações de contratos e cumprimento de demais condições precedentes. Segundo o Carrefour Brasil, o aluguel desses imóveis será de cerca de R$ 10 milhões/mês.
No fechamento do Ibovespa hoje, as ações do Carrefour subiram 1,43%, aos R$ 9,95.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações do Carrefour apresentam uma desvalorização de 47%. Confira o gráfico:
Cotação CRFB3
Operação do Carrefour divide opiniões
Na visão dos analistas do Goldman Sachs Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, essa operação é positiva, “pois ajudaria o Carrefour a desalavancar no contexto de um ciclo de investimentos e juros altos no Brasil”. A casa trabalha com recomendação de compra da ação, com um preço-alvo de R$ 21,80.
Enquanto isso, Thiago Macruz, do Itaú BBA, vê o movimento como neutro: “Não vemos isso como um acréscimo do ponto de vista da avaliação”.
“No entanto, sinalizamos que a atual alavancagem financeira do Carrefour tem sido um importante tópico de observação entre os investidores. Dito isso, acreditamos que os recursos dessa potencial transação de venda e realocação podem ajudar a empresa em seu processo de desalavancagem, mas observe que o momento operacional desafiador da empresa envolvendo a integração do BIG provavelmente continuará atuando como um obstáculo para as ações”, destaca o time do BBA.
Para o Itaú BBA, as ações do Carrefour têm o status de market perform, equivalente à neutra, e o preço-alvo apontado pelos analistas é de R$ 13,50.