Carnes ficaram mais baratas em fevereiro, segundo IBGE; picanha caiu 2,63%

As carnes ficaram mais baratas em fevereiro, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). De acordo com o levantamento apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta (10), um dos cortes nobres que teve a maior redução no último mês foi a picanha (-2,63%).

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De forma geral, o preço das carnes recuou 1,22%. Além da queda na picanha, outros cortes nobres também tiveram seus preços reduzidos, como:

  • alcatra: – 2,50%;
  • filé-mignon: – 1,77%;
  • costela: – 2,28%.

“O mercado de carnes tem tido uma maior oferta tanto de carne bovina quanto de frango. Isso teve um efeito mais forte no frango nos meses anteriores e agora teve um efeito maior nas carnes”, detalhou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa, ao jornal O Globo.

De acordo com o especialista, já havia ocorrido uma redução do preço das carnes em janeiro e, em fevereiro, a queda foi mais generalizada no último mês.

Essa diminuição dos preços pode ter sido um reflexo do maior volume de carne bovina no País por causa da suspensão das exportações desses alimentos para a China após o caso de “vaca louca” no final de fevereiro.

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IPCA sobe 0,84% em fevereiro

Em fevereiro, o IPCA subiu 0,84%. Assim, nos últimos doze meses, o índice cresceu 5,60%. De acordo com Kislanov, o setor educacional foi o que mais contribuiu para a última alta:

Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados nesse mês. Normalmente, a alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior.

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O número veio acima das expectativas do mercado. “Número continuou mostrando sinais mistos como na leitura anterior. Mas ainda não vemos reversão da desaceleração esperada dos núcleos e serviços”, destacou Andréa Angelo, economista-chefe especialista em inflação da Warren Rena.

“Apesar da alta do IPCA no mês de fevereiro, o mercado não acredita que ao longo do ano esse ritmo deva-se manter, e seguem acreditando em uma tendência de desaceleração da nossa inflação ao longo de 2023”, afirmou André Fernandes, sócio da A7 Capital.

As carnes estão incluídas no setor de alimentos e bebidas, que registrou uma variação de 0,16% no último levantamento.

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Erick Matheus Nery

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