A importação de carne suína da China somou 187.459 toneladas em maio. Este é o maior volume desde agosto de 2016, quando 192.348 toneladas foram importadas. Ante o mesmo período de 2018, o crescimento no mês passado foi de 63%.
A alta da importação chinesa de carne suína ocorre devido ao surto de peste suína africana no país asiático. A China detém metade dos rebanhos globais, o que levou uma redução da oferta doméstica.
Além disso, os chineses são os maiores consumidores globais da proteína suína. Desta forma, o país precisou importar grandes quantidades da carne no exterior, inclusive dos Estados Unidos.
Entre janeiro a maio de 2019, as importações chinesas de carne suína somaram 658.236 toneladas. Na comparação anual, houve alta de 19,8%.
Apesar da demanda, a China ampliou a inspeção sobre importações de carne. Três exportadores do Canadá foram bloqueados do mercado chinês.
O motivo da suspensão seria a presença de ractopamina nos porcos, substância proibida no país asiático e que promove um menor percentual de gordura nos animais.
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O Brasil também se beneficiou com o surto de peste suína africana no país asiático.
Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 10 de junho, o desempenho brasileiro na exportação de carne suína e de frango em maio subiram conforme:
- carne suína: 67,2 mil toneladas no total, com alta de 41% ante maio de 2018 (47,7 mil toneladas). A alta na exportação para a China foi de 51%.
- frango: 67,2 381,1 mil toneladas no total, com alta de 14,4% ante maio de 2018 (333,2 mil toneladas). A alta na exportação para a China foi de 49%.
“A China se isolou como principal destino dos embarques brasileiros. O efeito gerado no mercado pela crise sanitária no país asiático impulsionou as importações. Isto gerou efeitos também na rentabilidade do mercado, com elevação de preços médios”, destacou em nota, o presidente da ABPA, Francisco Turra, na divulgação dos dados no último dia 9.
Os dados de carne suína e frango consideram todos os produtos, entre in natura e processados.