O Ministério da Agricultura suspendeu as exportações de carne bovina do Brasil para a China nesta segunda-feira (3). A decisão foi tomada devido à confirmação de um caso atípico do “mal da vaca louca” em Mato Grosso.
Com a suspensão, as ações das principais exportadoras brasileiras de carne bovina estavam caindo. No fechamento do pregão as empresas caíam na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) conforme:
- Minerva Foods (BEEF3): queda de 4,27% a R$ 7,85.
- Marfrig (MRFG3): queda de 3,51% a R$ 6,59.
- JBS (JBSS3): queda de 3,34% a R$ 21,13.
- BRF (BRFS3): queda de 0,90% a R$ 27,45.
Deste modo, trata-se de uma medida preventiva que atende ao protocolo sanitário entre Brasil e China. Contudo, tal medida representa um revés para os frigoríficos brasileiros. As informações são do “Valor Econômico”.
A China, que passa por um surto de peste suína africana, aparentava ser um bom mercado para os produtores brasileiros de carne. Os mesmos estavam confiantes de que haveria ampliação do número de abatedouros brasileiros aptos a exportar.
No último dia 16, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM) reuniu-se com o ministério chinês. No encontro, a ministra tentou habilitar 78 frigoríficos para exportar para a China. Destes, 19 eram de carne bovina.
Minerva Foods já tem plano B para exportar carne
A Minerva Foods (BEEF3) já possui plano B para contornar a suspensão das exportações brasileiras de carne bovina à China. A empresa deve redirecionar as encomendas da China para os abatedouros que possui na Argentina e no Uruguai, segundo o “Valor Econômico”.
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Conforme o jornal, a Minerva teria condições de realizar o redirecionamento das encomendas. Isto, pois, há apenas um abatedouro brasileiro autorizado a exportar à China. Tal unidade fica em Barretos (SP) e pode abater até 840 cabeças diariamente.
Ao passo que na Argentina, o frigorífico da Minerva tem capacidade para abater 2,4 mil bovinos por dia. No Uruguai, a capacidade de abate da empresa é de 3,2 mil cabeças. De ambos os países, a China já é o maior importador de carne, consumindo cerca de 60% das exportações.