O carnaval deve aumentar as receitas das atividades econômicas ligadas ao turismo em 2% neste ano. O feriado deve movimentar R$ 6,78 bilhões, segundo cálculo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A data de folia deve levar à contratação de 23,6 mil trabalhadores temporários, entre janeiro e fevereiro, para dar conta do aumento da demanda. Trata-se de um aumento de 23,4% em relação ao carnaval do ano passado, quando 19,1 mil pessoas foram contratadas temporariamente. É a maior quantidade de temporários desde 2015 (21,1 mil), mas bem longe de alcançar o número de postos abertos em 2014 (55,6 mil).
A maior parte das vagas oferecidas são do setor de alimentos: 18,4 mil vagas, o que representa 78% das oportunidades abertas.
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Vagas temporárias para o carnaval
- 2012: 18,3 mil pontos
- 2013: 26,6 mil postos
- 2014: 55,6 mil postos
- 2015: 21,2 mil postos
- 2016: 15,7 mil postos
- 2017: 17,8 mil postos
- 2018: 19,1 mil postos
- 2019: 23,6 mil postos
Dois fatores vão favorecer o aumento do faturamento do setor: inflação mais baixa e um dólar 20% mais caro em relação ao carnaval passado. Esse aumento favorece os gastos com o turismo em território nacional, já que as pessoas deixam de viajar para fora do País.
“A massa de rendimentos está mais favorável e mais pessoas estão ocupadas, em um ambiente de inflação baixa e crédito mais barato, o que beneficia gastos não essenciais”, diz o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, ao G1.
Entre toda a receita gerada com o carnaval, a maior parte (84%) ficará concentrada em três segmentos:
- Alimentação fora do domicílio (food service): R$ 4,1 bilhões
- Transporte rodoviário: R$ 859,3 milhões
- Alojamento em hotéis e pousadas: R$ 774,3 milhões
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O alerta da Febraban para o carnaval
Na última segunda (11), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou uma nota fazendo um alerta aos foliões que pretendem curtir o carnaval de rua. Segundo a entidade, consumidores correm o risco de ter as senhas de seus cartões roubadas durante a festa.
A Febraban diz que quadrilhas podem se aproveitar das aglomerações e da distração dos foliões nos eventos ao ar livre para aplicar golpes.
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Nesse tipo de golpe, o vendedor ambulante mal intencionado, no ato da venda, entrega a maquininha para o cliente digitar a senha do cartão. Ele então se vale da distração do comprador para fazê-lo digitar a senha na etapa de inserir o valor da mercadoria. O fraudador pode ainda trocar o cartão do cliente e devolver outro similar, muitas vezes do mesmo banco. A troca só é percebida depois, quanto o consumidor tentar utilizá-lo novamente.
“Fique sempre atento ao seu cartão e confira a devolução. Veja se os números da sua senha estão aparecendo na tela quando você as digita. Isso não pode acontecer. Lembre-se que o campo de senha mostra apenas asteriscos”, diz Adriano Volpini, diretor da comissão de Prevenção e Fraudes da Febraban.