A Carlyle fechou na última quinta (24) um acordo para adquirir 23,3% da rede Madero por R$ 700 milhões. A gestora americana e a rede de restaurantes tiveram um período de negociações acerca de governança e avaliação final da rede.
O Santander foi o assessor financeiro da transação entre Carlyle e Madero. Um comunicado confirmando a operação deve ser publicado ainda nesta sexta (25).
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Dos valor total, R$ 600 milhões serão destinados ao Madero, que usará da maior parte do montante para pagar dívidas. O restante ficará com os sócios. A cadeia de restaurantes foi avaliada em R$ 3 bilhões. O valor ficou abaixo do que inicialmente os próprios sócios avaliavam seu negócio, algo em torno de R$ 4 bilhões.
No fim de 2018, as duas empresas já haviam entrado em acordo acerca das condições da aquisição. A avaliação dos números, no entanto, só foi concretizada neste mês.
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A pendência estava nas projeções de desempenho do Madero para 2019, que poderiam alterar o valor final da operação. Além disso, surgiram informações no mercado a respeito de um passivo fiscal que a rede poderia ter que acertar, o que prolongou as conversas. O Madero, por sua vez, diz que há anos contrata auditorias reconhecidas e que os débitos vindos de impostos são baixos.
A gestora HSI possui debêntures do Madero, que devem ser acertados antecipadamente. A emissão inicial é de R$ 380, com valor final ajustado por juros.
O Madero
A cadeia de restaurantes foi fundada por Luiz Durski Junior em 2005. Hoje é uma das principais redes do Brasil, com dois principais modelos de negócios em operação: Madero Steak House e Madero Container. A marca Madero é conhecida por seus hambúrgueres gourmet. É uma cozinha central em Ponta Grossa, no Paraná, que abastece a rede. Sua capacidade de produção é de dois milhões de hambúrgueres por mês.
Atualmente, o Madero tem mais de 120 restaurantes que, em 2017, faturaram R$ 510 milhões, segundo informações da empresa. A projeção para 2018 havia sido de ultrapassar os R$ 800 milhões.