Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, está sofrendo de insuficiência renal crônica, informou a agência Reuters nesta quinta-feira (11). A agência teve acesso a documentos da defesa. Os papéis demostram a interrupção do tratamento após a prisão do ex-executivo.
Segundo os advogados, Carlos Ghosn teve os rins afetados por conta de um tratamento para colesterol alto. A defesa também classificou a nova prisão como “ilegal”. Os advogados alegam que a detenção foi planejada para atrasar a preparação da defesa e forçar uma confissão. Promotores que cuidam do caso não se pronunciaram sobre o assunto.
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Problemas de saúde
O ex-executivo possui colesterol alto e sofre de insuficiência renal crônica e rabdomiólise. A doença é uma síndrome em que as fibras musculares liberam seu conteúdo na corrente sanguínea. De acordo com os advogados, interromper o tratamento pela “conveniência da investigação da promotoria” foi “desumano”, disse a defesa.
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Ghosn preso
Na quinta-feira passada, os promotores prenderam novamente Ghosn. Ele estava em sua residencia em Tóquio quando foi detido. A prisão aconteceu logo após o ex-presidente da Nissan usar o Twitter para anunciar que iria dar uma coletiva de imprensa no dia 11 de abril.
Carlos Ghosn é preso novamente em Tóquio, segundo imprensa japonesa
“Estamos nos preparando para dizer a verdade sobre o que está acontecendo. Coletiva de imprensa na quinta-feira, 11 de abril”, escreveu.
Ghosn denuncia complô
Ghosn reiterou que as acusações são um “complô” contra ele. “Havia medo de que na próxima etapa da aliança a autonomia da Nissan seria ameaçada”, afirmou o executivo. Ele salientou como foi sempre um “ferrenho defensor da autonomia”.
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Soltura
O ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, saiu da prisão em Tóquio, em março. O brasileiro pagou fiança de 1 bilhão de ienes, equivalente a cerca de R$ 33,8 milhões.