Carlos Ghosn diz ser vítima de uma conspiração dos executivos na Nissan, que não concordavam com os plano de aliança da Nissan com a Renault, em entrevista ao jornal japonês Nikkei.
Carlos Ghosn é ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e está preso no Japão desde 19 de novembro de 2018. No entanto, o executivo é acusado de declara renda abaixo do valor rela da Nissan e ter usado recursos da montadora para benefícios pessoais.
De acordo com Ghosn, ele é inocente e as acusações são fruto de “conspiração e traição”.
Entretanto, o diretor-presidente da Nissan, Hiroto Saikawa negou que houvesse um plano para remover Ghosn de seu cargo na fabricante de automóveis.
De acordo com Saikawa, houve uma investigação interna que descobriu irregularidades de Ghosn, e desta forma, as descobertas foram entregues aos promotores de Tóquio, que realizaram a prisão.
Além de Saikawa, um porta-voz da Nissan também afirmou que a prisão do executivo está relacionada as suas próprias ações.
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Durante a entrevista, Ghosn afirmou que conversou com Saikawa em setembro sobre o projeto de unir Renault, Nissan e Mitsubishi em uma holding.
No entanto, em 24 janeiro, Saikawa disse que não era o momento certo para ser discutida a reestruturação da aliança entre as empresas. Atualmente, a Renault detém 43% da Nissan, enquanto a Nissan possui 15% da Renault e 34% da Mitsubishi.
Caso ghosn
Carlos Ghosn era visto como um herói da indústria automobilística por salvar a Nissan, que estava a beira da falência.
No entanto, o executivo que era considerado um “popstar” do setor automotivo foi acusado de violações e fraudes fiscais envolvendo a Nissan. Além disso, Ghosn recebeu a acusação de utilizar recursos da empresa para benefícios particulares e cobrir prejuízos de investimentos pessoais.
O ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi está preso no Japão desde 19 de novembro de 2018 e não existe previsão para que ele deixe a prisão. Entretanto, o brasileiro já teve diversos pedidos de liberdade sob pagamento de fiança negados.
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Na última semana, Carlos Ghosn renunciou ao cargo de presidente da Renault. Desta forma, perdeu o último cargo que ainda detinha dentro das montadoras.
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