Captação de BR Partners (BRBI11) pretende ‘destravar’ oferta de units

O banco de investimentos BR Advisory Partners (BRBI11) – ou BR Partners – anunciou em fato relevante nesta terça-feira (4) que pretende fazer uma nova oferta pública de units (follow on, na expressão em inglês), dessa vez para qualquer classe de investidores. Conforme antecipou o Suno Notícias, a medida deve desbloquear os papéis que estavam restritos à compra por investidores qualificados.

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Em junho do ano passado, o BR Partners havia realizado oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mas seguindo regulamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permitia a compra dos papéis nos primeiros 18 meses apenas por investidores que tivessem mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras (os chamados “investidores qualificados“).

A restrição, imposta pela CVM e que ganhou o apelido de “oferta 476” conforme instrução normativa, é posta uma vez que, nesta modalidade, a empresa é eximida de prestar informações financeiras mais completas.

Entretanto, após a oferta, os papéis da BR Partners foram comercializados livremente por algumas corretoras, até que a compra dos papéis por investidores não-qualificados fosse bloqueada pelos órgãos reguladores, em setembro de 2021.

A partir deste período, os investidores não-qualificados ainda poderiam vender as units a investidores qualificados.

Follow-on deve liberar units do BR Partners

Com a nova oferta aberta a todo tipo de investidor, as negociações das units passam a poder ser feitas por todo tipo de investidor, o que solucionaria o problema de liquidez dos papéis atualmente negociados. Isso explicaria, entre outros, o valor relativamente baixo da nova captação.

Segundo fato relevante divulgado pela BR Partners, a nova oferta de units deve captar R$ 5 milhões, abaixo das centenas de milhões que são comuns a esse tipo de operação. Ao todo, serão oferecidos 345.304 units, a R$ 14,48 cada. Em comparação, o banco havia captado R$ 400 milhões na oferta inicial.

Conforme destaca, “a administração da Companhia entende que a Oferta poderá promover maior liquidez à negociação das units da Companhia, permitindo sua negociação por qualquer classe de investidores, incluindo investidores não qualificados.

“Os recursos líquidos provenientes da oferta serão utilizados para uso corporativo em geral”, completa a nota.

Segundo informou, o pedido está sob análise da CVM. O follow-on da BR Partners deve ser conduzido pelo BTG Pactual, Itaú BBA e XP Investimentos.

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Pedro Caramuru

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