Previdência é um assunto que gera muitas dúvidas ao investidor, sobretudo quanto se trata de escolher as melhores alternativas do mercado. Pensando nisso, o SUNO Notícias, em parceria com o Infomoney e apoiado pela Capitânia Investimentos e Suno Asset, criou uma semana temática abordando diversos temas sobre o assunto. Umas das pautas tratadas em live nesta segunda-feira (6) foi a previdência aberta.
Se você quer entender mais sobre assunto e ter outra opção para assegurar rendimentos no futuro, precisa compreender melhor (ou conhecer a fundo) o conceito de previdência aberta. “É um investimento de médio/longo prazo”, diz Carlos Simonetti, sócio e diretor de Relações com Investimentos da Capitânia Investimentos, um dos maiores especialistas no assunto. “É um instrumento menos volátil e mais resiliente a períodos de grande estresse no mercado”, explica ele. “E o regime tributário é outro ponto forte, que o investidor muita vezes não sabe.”
Simonetti explicou na live as vantagens da previdência aberta e como ele pode atrair mais pessoas interessadas em montar uma carteira diversificada. A empresa de que ele é sócio tem mais de 19 anos de experiência e cerca de R$ 24 bilhões sob gestão, dos quais R$ 10 bilhões são em fundos de previdência, como PGBL e VGBL. Por esse motivo, a entidade tem muita propriedade para tratar sobre o assunto. Afinal, o que é uma previdência aberta? Vale a pena investir? Veja o diz o especialista da Capitânia.
Vantagens da Previdência aberta
Antes de entender se vale a pena investir em uma previdência aberta, é fundamental saber as vantagens que ela possui. Os fundos de previdência aberta oferecem diversas possibilidades ao investidor, com diferentes perfis de risco. Para investidores mais arrojados, por exemplo, há estratégias em fundos multimercado e de ações. Uma novidade desse mercado são fundos que oferecem exposições em criptomoedas, embora ainda esteja apenas em seu início.
As vantagens da Previdência aberta, seja PGBL ou VGBL, podem ser interessantes a um poupador de um perfil de médio/longo prazo. Um desses benefícios é um regime tributário com até 10% de imposto de renda, o que é considerado baixo em relação a outras opções. Isso acontece desde que se adote uma tributação regressiva e os investimentos perdurem por pelo menos 10 anos. Além disso, o investidor não precisa esperar inventário para receber os seus recursos, caso seja necessário.
Outro ponto vantajoso é a portabilidade, que permite ao investidor ter diversas opções para mudar sua estratégia ao longo do tempo. Simonetti define a previdência aberta como “instrumento de poupança de médio/longo prazo com vários benefícios”.
Quando se trata da previdência fechada, o especialista explica que ela também é voltada ao investidor com estratégia de médio/longo prazo, mas possui uma outra legislação, em que grande parte dos planos são constituídos por empresas que beneficiam seus próprios funcionários com esse produto financeiro, embora também existam os multipatrocinados e os instituídos.
Desse modo, Simonetti destaca que a previdência aberta pode ser aderida pelos clientes nas mais diversas seguradoras e planos diferentes, o que, em tese, traz mais possibilidades ao investidor para construir uma aposentadoria com maiores rendimentos e controle de risco mais assertivo.
Para quem já tem previdência fechada, vale a pena ter uma previdência aberta?
Para o especialista Carlos Simonetti, faz total sentido ter as duas modalidades, afinal,os investimentos dependem do perfil que cada um possui, assim como apetite ao risco. Essa análise também inclui os momentos profissionais que se vive e a idade do cliente.
Ele destaca ainda que há cerca de 6 ou 7 anos os produtos da previdência aberta ainda eram bastante limitados. Com o passar do tempo, tornaram-se centenas de fundos de previdência e dezenas de gestores associados a uma variedade de estratégias distintas. Portanto, é possível criar uma carteira com fundos diversificados entre previdência aberta e fechada.
Ocorreu uma grande abertura de mercado em relação à previdência, embora muitos investidores ficassem mais céticos com esse tipo de investimento, desde o tempo em que as opções ainda eram limitadas, e estava mais associada aos grandes bancos, com rentabilidade mais baixa do que muitos planos oferecidos por instituições independentes nos dias de hoje, como é o caso da Capitânia Investimentos.
O mercado tem mudado continuamente, com a migração para plataformas independentes. No entanto, ainda se tem cerca de 12% dos planos oferecidos por fora dos grandes bancos brasileiros, o que permite a essa modalidade um grande crescimento nos próximos anos.
Experiência da Capitânia Investimentos
A previdência aberta, que podem ter produtos como PGBL e VGBL, ainda era inacessível para grande partes dos gestores independentes até poucos anos, sendo dominada majoritariamente pelos grandes bancos. Essa realidade começou a mudar a partir do ano de 2016, com mudanças na legislação, o que favoreceu o crescimento de instituições independentes, caso da Capitânia Investimentos.
A empresa lançou seu primeiro fundo nesse segmento no segundo semestre de 2016. O segundo fundo foi criado fevereiro de 2017, através da Seguradora Icatu, com distribuição oferecida pela XP Investimentos.
Desde então, foram quatro fundos lançados com três seguradoras diferentes. Há a expectativa de criação de um quinto fundo, que deve ir ao ar nas próximas semanas. A Capitânia é uma gestora especialista em Crédito Imobiliário e Infraestrutura, das mais longevas do mercado, completando 19 anos de história nesses mês de junho.
Para a Capitania, as vantagens e benefícios de apostar forte na previdência aberta acabaram superando as expectativas, sobretudo pelo passivo, que tem se mostrado menos volátil e resiliente nos momentos de estresse, como no final de 2019 e durante à pandemia em 2020. Há também a possibilidade de lançar produtos para investidor qualificado como maior carência.
Em dezembro de 2020 a Capitânia lançou o Capitânia Reitprev Adv XP Seguros com carência de D+60 dias úteis, que traz um investimento para um perfil moderado mou arrojado, com clientes que tenham um menor caixa e uma alocação hibrida de 50% em Crédito Privado e 40% em cotas de FII. A instituição tem hoje mais de 50 mil cotistas nos fundos de previdência aberta e uma enorme responsabilidade, que tem sido encarada com muito foco, investimento em pessoas, tecnologia e controle rígido de riscos.