As autoridades canadenses informaram nesta sexta-feira (7) que pretendem impor seus próprios impostos sobre uma série de produtos dos EUA que contêm alumínio, em retaliação ao último movimento do presidente Trump. Serão implementados impostos em produtos como máquinas de lavar, tacos de golfe e bebidas enlatadas, levando a uma piora em uma das maiores relações comerciais do mundo.
O presidente Donald Trump decidiu implementar novamente o imposto sobre o alumínio importado do Canadá na última quinta-feira (6). A medida anunciada vem à tona um mês após o governo dos EUA fechar o novo acordo comercial com o México e o Canadá, visando reduzir as barreiras comerciais na América do Norte.
“O Canadá estava se aproveitando de nós, como sempre”, disse o presidente Trump durante um discurso em uma fábrica da Whirlpool em Ohio. “O negócio do alumínio estava sendo dizimado pelo Canadá, o que é muito injusto com nossos empregos e nossos excelentes trabalhadores de alumínio”.
Os EUA visam reimpor tarifas sobre o alumínio produzido no Canadá, que serão fixadas em 10%, usando uma cláusula de segurança nacional. O presidente norte-americano argumentou que uma crise na indústria nacional de alumínio ameaça a segurança dos Estados Unidos.
A vice-primeira-ministra do Canadá, Chrystia Freeland, divulgou na sexta-feira uma lista de bens produzidos nos EUA que serão atingidos. Ela prevê que a medida representará um valor total de US$ 2,71 bilhões (cerca de R$ 14,70) em mercadorias.
“Não queremos aumentar o conflito, mas não vamos recuar”, disse Freeland a repórteres em uma teleconferência. Os impostos serão aplicados 30 dias após as autoridades canadenses consultarem a indústria e os governos regionais. As tarifas dos EUA estão programadas para entrar em vigor em 16 de agosto, disse Freeland.
Em ano de eleição, os EUA voltam a implementar medidas protecionistas
Além das tarifas, Trump planeja assinar uma ordem executiva que exigiria ao governo federal adquirir certos medicamentos essenciais somente de fabricantes norte-americanos.
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Adicionalmente, a Casa Branca disse que Trump também orientará a Food and Drug Administration (FDA), principal reguladora de medicamentos dos EUA, a priorizar os fabricantes nacionais ao examinar medicamentos essenciais e ingredientes essenciais.