Campos Neto fala sobre aumento de prêmios em LFTs
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, falou nesta quinta-feira (8), durante evento Itaú LatAm Day, sobre o recente aumento do prêmio em LFTs, títulos públicos pós-fixados, citando o risco fiscal no Brasil.
De acordo com Campos Neto, esses papéis, antes vistos como os de menor risco na renda fixa, vem sendo cada vez menos procurados pelos investidores em função do novo cenário dos juros básicos reduzidos.
O presidente do BC, exibiu um gráfico revelando a elevação dos prêmios que começaram a partir de setembro deste ano e continuaram em outubro.
As LFTs encerraram o mês passado com a primeira queda mensal no preço em 18 anos, registrando recuo de 0,27% segundo o índice IMA-S da Anbima. Enquanto em outubro, até o momento, o recuo das LFTs foi de 0,43%.
Além disso, Campos Neto falou sobre o aumento da diferença das taxas de juros de cinco anos do Brasil comparando com outros países emergentes.
Campos Neto: Retomada mostra que estamos acima da média de emergentes
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse, na última quinta-feira (24), que o ritmo de retomada do crescimento no Brasil mostra que o País está bem acima da média dos emergentes, tanto neste ano como nas expectativas para 2021.
Campos Neto também falou sobre a preocupação em relação à política de saída dos estímulos devido a pandemia. “Não é um fenômeno de expectativas de inflação. A PEC do orçamento de guerra é instrumento estabilizador do mercado e não um instrumento de política monetária”, disse o presidente do BC.
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O executivo assegurou que o Banco Central está em “absoluta tranquilidade” com relação à inflação e disse não acreditar que a alta nos preços de alimentos em 2020 possa impactar a inflação do ano que vem.
“Existem efeitos na inflação provenientes da subida de commodities e provenientes do pagamento de auxílios durante a pandemia. Também mostramos relação do IPA e do IPCA e possível contaminação. Estamos tranquilos e entendemos que existia uma pressão em 2020, mas não entendemos que esses reajustes recentes irão contaminar as inflações futuras”, afirmou Campos Neto.
