O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na noite da última segunda-feira (9) que o bom cenário para o caminhar da inflação deve possibilitar novos cortes na taxa básica de juros. O executivo salientou, porém, que o banco tem feito alterações cautelosas em relação a política monetária, para permanecer com credibilidade em suas decisões.
“A consolidação do cenário benigno para inflação prospectiva deve permitir ajuste adicional no nível de estímulo”, destacou Campos Neto ao falar sobre o futuro próximo da política monetária no Brasil. Nesta terça-feira (10), o presidente do BC irá dar uma palestra em Londres, na Inglaterra, para tratar também do assunto.
A taxa de juros está em 6% ao ano atualmente. Entre os dias 17 e 18 deste mês ocorrerá uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para uma nova decisão sobre a taxa de juros.
No dia 5 de setembro, Campos Neto relatou que o País estava passando por um mau momento, entretanto a tendência era crescer. “Estamos passando pelo pior momento. Vamos começar a crescer no segundo semestre, mais provavelmente no quarto trimestre”, disse o presidente do BC.
O presidente do Banco Central afirmou que as revisões para baixo de alguns dos países que possuem as economias mais importantes do mundo estão “precificando queda de juros”.
Na última semana, Campos Netos reiterou que a inflação no Brasil está controlada. “Bastante ancorada no curto, no médio e no longo prazo”, disse o executivo.
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Política de câmbio flutuante
No dia 27 de agosto, Roberto Campos Neto reafirmou, em audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o BC tem uma política de câmbio flutuante. “O sistema que operamos é de meta de inflação, câmbio flutuante e âncora fiscal”, disse o presidente do Banco Central.