Cerca de 20 caminhoneiros realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (10). Segundo a CBN, o protesto iniciou às 5h19, e teve fim perto das 7h20 em São Paulo, na entrada da Alemo, no Porto de Santos.
Os caminhoneiros ocuparam o acesso de rodoviários aos terminais, em prol da contrariedade à proibição de multas aos motoristas que não seguirem a tabela de fretes.
Viaturas da Polícia Militar estiveram presentes nesta nova greve dos caminhoneiros. O ato foi pacífico. Não houve bloqueio em São Paulo.
Já no Rio de Janeiro, os manifestantes posicionaram-se na rodovia Presidente Dutra, na altura de Barra Mansa, sul do Rio. Houve ocupação da faixa da direita, do acostamento e trânsito de 6km. Por volta das 20h15, a faixa da direita já estava livre.
Tabela de frete
A tabela foi implementada através de uma medida provisória (MP) do presidente da República Michel Temer. Essa providência foi uma reivindicação da liderança do movimento na greve dos caminhoneiros em maio para terminar com os bloqueios.
A paralisação, que ocorreu no 2º trimestre de 2018, foi contra o aumento do preço do óleo diesel.
Todavia, na última quinta-feira (06) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, proibiu a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de multar as transportadoras que não aderissem à tabela de fretes. A medida tem caráter liminar.
Saiba mais – STF suspende multas as transportadoras que não cumprirem tabela de frete
Assim, uma reunião com os líderes do movimento ocorreu ontem (09) em Catalão (GO), na qual estava presente Wallace Landin, mais conhecido como Chorão.
“Catalão não vai aderir a esse movimento, que deve ser isolado. Vão dizer que Catalão é frouxo. Nós já mostramos que aqui não tem frouxo nenhum, nós já fechamos a pista, se precisar a gente vai parar, não vai carregar frete abaixo do preço”, afirmou Chorão na reunião, que é um dos representantes mais relevantes do setor.
Entre os motivos daqueles que não aderiram à breve greve dos caminhoneiros de hoje estão:
- promessa da Advocacia-Geral da União (AGU) de entrar com recurso contra a liminar de Fux
- posse do presidente eleito Jair Bolsonaro
- fim de ano representa baixo movimento do setor, o que poderia acarretar prejuízos para caminhoneiros