Caminhoneiros bloqueiam rodovias em três estados, diz PRF
Informe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) diz que 16 cidades de três estados estão com rodovias bloqueadas por paralisações de caminhoneiros nesta quarta-feira (8).
Os representantes das paralisações dos caminhoneiros apontam motivos variados para as manifestações. Apesar da oposição à Suprema Corte e o apoio ao Palácio do Planalto, a maior reivindicação é pela redução do preço dos combustíveis.
Os estados que contam com os protestos e bloqueios dos caminhoneiros são:
- Santa Catarina,
- Espírito Santo e
- Paraná.
- No último estado, a autoridade local já citou que “Estão sendo retidos apenas veículos de carga. Veículos de passageiros e cargas perecíveis estão liberados”.
Em Santa Catarina há bloqueio em Garuva, Joinville, Mafra, Santa Cecília, Guaramirim e Campos Novos.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, os caminhoneiros independentes aderiram à paralisação nesta quarta, um dia depois das manifestações pró governo Bolsonaro no Dia da Independência, mesmo sem apoio formal das entidades da categoria.
Para justificar os bloqueios, os caminhoneiros mencionam ainda a pauta de zerar o PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel já em janeiro de 2022, como informado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que discutiu a questão com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
De acordo com o presidente, em declaração feita durante transmissão semanal ao vivo no último dia 19 de agosto, a medida sobre o diesel deve ter impacto de R$ 17 bilhões nas contas públicas.
“Temos que reduzir 10% dos subsídios neste ano, da ordem de R$ 15 bilhões. Devemos achar R$ 17 bilhões para tapar um buraco. Faltam R$ 2 bilhões, mas a gente vai se virar”, afirmou o presidente.
O primeiro reajuste de combustíveis da gestão do general Joaquim Silva e Luna na Petrobras (PETR4) pegou os caminhoneiros de surpresa, já que os membros do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) se reuniram com o presidente da estatal e pediram para que o preço do diesel não subisse.
“Deixamos claro na reunião que se o diesel subisse ia afetar seriamente não só os caminhoneiros, mas a sociedade em geral, que já está muito pressionada”, disse Plínio Nestor Dias, presidente do CNTRC.
Apesar de ter baixo impacto na inflação oficial (IPCA), a alta do diesel afeta toda a cadeia produtiva, que depende do frete rodoviário para distribuição no País.
Confederação dos transportes havia sinalizado apoio à possível greve dos caminhoneiros
Desde meados de julho é discutida a possibilidade de uma greve ou paralisação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) havia informado que apoiaria a manifestação.
“O movimento é organizado pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Orientamos que se participe dos atos sendo celetista ou autônomo”, disse o secretário nacional de Políticas Sociais e Acessibilidade da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer, sobre a paralisação dos caminhoneiros.