Caminhoneiros fazem greve de 24 horas no Porto de Santos
Os caminhoneiros da Baixada Santista, litoral de São Paulo, realizam nesta segunda-feira (17) protestos na entrada do Porto de Santos. A categoria afirma que a paralisação terá duração de 24 horas e irá durar até a meia-noite de terça-feira (18).
De acordo com os caminhoneiros, os protestos são contra o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Além disso, a categoria exige um valor mínimo para serviços de fretes e a retirada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre o preço do diesel e da gasolina.
O representante do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale Ribeira (Sindicam), Alexsandro Viviani, informou que os manifestantes não bloquearam a entrada do porto. Isso em razão da Justiça Federal proibir, no último domingo (16), o bloqueio de Santos com uma multa diária de R$ 200 mil para aqueles que descumprissem a medida.
O juiz Roberto da Silva Oliveira, em sua decisão, proibiu o imobilização de acessos terrestres e marítimos aos terminais, “incluindo as vias de circulação interna do porto e perimetrais” até o dia 21 de fevereiro.
Segundo o juiz, uma eventual greve dos caminhoneiros no porto de Santos poderia inviabilizar ou atrapalhar uma eventual operação da Codesp para evitar a proliferação do coronavírus “com possível contágio de tripulantes em navio que atracou em portos chineses”.
Greve dos caminhoneiros
No último sábado (15) foi divulgado nas redes sociais um vídeo em que o líder do sindicato convocava os trabalhadores para a greve dos caminhoneiros.
- a criação de um piso mínimo da tabela de frete;
- a retirada do ICMS dos combustíveis;
- e o fim daquilo que chamou de “perda de [postos de] trabalho no porto” causados pelo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento da Codesp;
O líder sindical disse que o novo PDZ vai provocar o desemprego de aproximadamente oito mil trabalhadores.
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“Brasília tem um projeto que vai tirar 8.000 postos de trabalho no porto de Santos e nós não vamos admitir. Vamos fazer essa paralisação […] para mostrar para o governo federal que nós somos unidos e que não vamos permitir a perda de trabalho no porto”, declarou Viviani.
Além disso, a retira do ICMS reduziria o preço dos combustíveis para R$ 2,50. Atualmente, o valor médio é de R$ 3,711.
Os caminhoneiros também reivindicam um valor mínimo para o serviço de frete. “Queremos que esse piso seja constitucional para toda a categoria, que os preços dos serviços sejam justos”.