Caminhoneiros bloqueiam estradas em ao menos 11 estados após eleições

Desde a noite de domingo (30), dia das eleições presidenciais, caminhoneiros têm bloqueado estradas, conforme comunicado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).

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A PRF relata 11 estados e o Distrito Federal com bloqueio nas estradas por caminhoneiros. A polícia, contudo, não detalha quantas paralisações são em cada estado.

Houve ou estão em andamento protestos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Pará e no Distrito Federal.

Em Santa Catarina, por exemplo, a administradora das rodovias tem feito atualizações com sobre os bloqueios nas redes sociais. No Twitter, aponta mais de 14km de fila em algumas regiões “devido à manifestação popular”.

Vídeos que circulam na internet mostram pneus pegando fogo na via. Em um deles, é possível ouvir o hino nacional ao fundo.

O deputado Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, disse em nota que a categoria não deve paralisar oficialmente.

Segundo o parlamentar, o caminhoneiro “não participa e nem participará de nenhum movimento de paralisação ou bloqueio de rodovias para protestar e questionar o resultado das eleições que elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva como novo Presidente do Brasil”.

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Líderes de entidades de caminhoneiros negam ‘movimento organizado’

Outros líderes de entidades também apontam que as manifestações dos caminhoneiros são espontâneas e não foram encabeçadas por associações.

À Folha de S. Paulo, o diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Alberto Litti Dahmer, disse que “A pauta que está sendo discutida agora não é uma pauta dos trabalhadores do transporte, não é uma pauta econômica. A pauta econômica que deve ser mantida e levada, independente do governo”.

O Presidente da ANTB (Associação Nacional de Transportes do Brasil), José Roberto Stringasci, por sua vez, disse que não se trata de um movimento organizado.

“Não necessariamente é o caminheiro que está parando. Eles estão parados por causa dos bloqueios. Existe alguns caminhoneiros que estão apoiando. Mas não é a categoria no geral que está fazendo. É um ou outro motorista que está participando”, disse Stringasci, que é vinculado aos caminhoneiros.

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Eduardo Vargas

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