Câmbio é flutuante e BC intervém quando há problemas de liquidez, diz Campos Neto
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou nesta quinta-feira (17) que para a instituição, o câmbio é flutuante no Brasil. Segundo o mandatário, o BC faz intervenções no mercado apenas quando há problemas de liquidez.
Os fluxos têm “importância grande” no cenário de câmbio, disso Campos Netos lembrando que nos últimos meses o País voltou a receber investimentos voltados para portfólio e “aparentemente, as primeiras semanas de dezembro também estão sendo de fluxo positivo para o Brasil”.
Em dezembro, o dólar à vista acumula até o momento queda de 5% em relação ao real. Em novembro, em meio ao fluxo de entrada de recursos de estrangeiros, houve uma baixa de 6,83%.
Campos Neto ressaltou ainda que o dólar tem ficado mais fraco em relação ao real mas também ante as moedas de outros países.
Ao abordar as intervenções mais recentes do BC para reduzir os efeitos da desmontagem do overhedge pelos bancos, o presidente da instituição declarou que o tema é “importante” por gerar fluxo atípico no câmbio.
Nos últimos dias, o BC tem promovido leilões de swap cambial para facilitar a desmontagem por parte dos bancos com investimentos no exterior.
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O overhedge representa o hedge em excesso que bancos com operações no exterior carregam e que precisa ser reduzido até o fim deste ano. Segundo alguns cálculos, ele somava US$ 16 bilhões. Ao ofertar swaps, o BC busca diminuir eventuais pressões de compra de dólares no mercado futuro até o fim do ano.
Até o fim do ano, novos fluxos cambiais podem surgir, no entanto, a avaliação sobre como atuar é feita no dia a dia, concluiu Campos Neto.
Com informações do Estadão Conteúdo