A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (13) a prorrogação da data final para a declaração do Imposto de Renda para 31 de julho deste ano. No entanto, o projeto para a mudança da data e a mudança ainda dependem da sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
O Senado já tinha aprovado a medida, mas fez alterações e, por isso, o texto voltou aos deputados. O projeto prorroga de 30 de abril para 31 de julho o prazo para a apresentação da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2021, ano-calendário de 2020, em função da pandemia de covid-19.
Como o pagamento do imposto pelos contribuintes poderá ser feito em até oito parcelas, as três primeiras quotas que venceriam em abril, maio e junho serão prorrogadas para julho, agosto e setembro. Conforme cálculos do Ministério da Economia, a mudança adiaria o fluxo de arrecadação de um valor estimado em R$ 13,2 bilhões e pode afetar o cronograma das restituições.
A proposta original aprovada na Câmara adiava o pagamento das duas últimas parcelas de quem tem imposto a pagar para janeiro e fevereiro de 2022, tirando R$ 2,6 bilhões da arrecadação prevista para este ano e adiando essa receita para o ano que vem.
O Senado reduziu de oito para seis parcelas e deixando todo o pagamento dentro de 2021.
Declaração do Imposto de Renda pode ser prorrogada pelo 2ª ano seguido
Se o projeto for sancionado será o segundo ano seguido que a declaração é prorrogada por causa da pandemia. No ano passado, o prazo de entrega da declaração foi ampliado em dois meses.
Neste ano, a Secretaria da Receita Federal declarou, em fevereiro, que esperava receber 32.619.749 declarações de Imposto de Renda em 2021, 639.603 a mais do que no ano passado. A expectativa é que 60% dos contribuintes tenham imposto a restituir, 19% imposto a pagar e 21% nem a pagar nem a restituir.
Com informações do Estadão Conteúdo