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Câmara aprova MP que altera regras do setor elétrico sobre tarifas

Câmara aprova MP que altera regras do setor elétrico sobre tarifas

Câmara aprova MP que altera regras do setor elétrico sobre tarifas

A Câmara dos Deputados concluiu nesta quinta-feira (17) a votação da Medida Provisória (MP) sobre o setor elétrico. A proposta traz dispositivos que reduzem as tarifas de energia de consumidores atendidos por distribuidoras do Norte, estancam o crescimento de subsídios a fontes renováveis e facilitam a retomada das obras de Angra 3.

O texto segue agora para o Senado. Além disso, o líder do Podemos, deputado Léo Moraes (RO), acatou, parcial ou integralmente, mais cinco emendas ao seu relatório da MP sobre o setor elétrico.

No plenário, ao longo da votação, os deputados aprovaram três alterações ao texto-base. Nesta manhã, foi aceita uma emenda para garantir compensação a usinas leiloadas entre 2015 e 2017 que tiveram impacto na geração de energia por conta do período de seca, o chamado risco hidrológico.

O texto atende a reivindicações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) (CMIG3), de acordo com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). A companhia venceu a disputa por duas usinas e, devido à emenda, terá direito à extensão do prazo das concessões como compensação pelo risco hidrológico.

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Além disso, os deputados aprovaram uma emenda que desfigurou o texto. A proposta, de autoria do deputado Pedro Lupion (DEM-PR), aprovada por 248 votos a 159, manteve em 50% os descontos nas taxas de transmissão e distribuição para novas Pequenas Centrais Hidrelétricas por mais cinco anos e garantiu 25% de desconto para os cinco anos seguintes.

A emenda concede tratamento especial apenas para as pequenas centrais hidrelétricas, ou seja, os subsídios serão extintos para eólicas e solares, por exemplo.

Outra proposta aprovada pela Câmara e que também desfigura a MP é a que permite que as distribuidoras que foram privatizadas nos últimos anos possam ter a base de remuneração reavaliada e processada, com efeitos entre o primeiro e o terceiro reajuste tarifário anual depois da solicitação de revisão, ou seja, três anos. Para as demais concessionárias de distribuição, esse prazo é de cinco anos.

Veja Também: Coronavírus: setor elétrico pode sofrer impacto de até R$ 25 bi

A emenda, proposta pelo deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG), foi aprovada por 275 votos a 150 e beneficia grupos privados que adquiriram ex-distribuidoras da Eletrobras no Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima, Piauí e Paraíba.

“O novo texto tem como objetivo mitigar efeitos econômicos em concessões que encontraram dificuldades em atender aos parâmetros dos contratos em razão dos efeitos da pandemia de coronavírus”, diz o relatório sobre a MP do setor elétrico.

Com informações do Estadão Conteúdo

 

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