A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quarta-feira (30), que reduzirá as taxas de juros para o crédito imobiliário. O corte, que ocorreu pela segunda vez no mês, valerá a partir do próximo dia 6 de novembro.
A taxa máxima da Caixa Econômica Federal reduzirá de 9,5% para 8,5% ao ano, para imóveis residenciais enquadrados nos sistemas Financeiro de Habitação (SFH) e Financeiro Imobiliário(SFI). A taxa mínima será de 6,75% anualmente. A medida será para contratos de financiamento de imóveis atualizados pela Taxa Referencial (TR), que hoje está zerada.
O presidente da instituição financeira, Pedro Guimarães, disse que: “A Caixa é o banco de todos os brasileiros e trabalha com políticas diferenciadas de juros, para oferecer à população as melhores condições de aquisição da casa própria”.
O anúncio da redução ocorreu horas antes do encerramento da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Contudo, a instituição assegurou que a medida não tema ver com o que pode decidir o Copom no fim da tarde desta quarta (30). A expectativa do mercado é de que deve haver um novo corte na taxa básica de juros (Selic), atualmente em 5,5% ao ano.
FGTS cai de 1% para 0,5%
A taxa de administração da gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passará de 1% para 0,5%. A redução é resultado de um acordo entre os parlamentares e a Caixa Econômica Federal.
Com o objetivo de permanecer com o monopólio da gestão do FGTS, a Caixa concordou em reduzir a taxa administrativa pela metade. A medida provisória será votada nesta quarta (30) na comissão mista do Congresso.
As alterações são do deputado Hugo Mota (Republicanos) que apresentou um relatório que previa finalizar com o domínio exclusivo da Caixa. O documento reduz também a taxa do FI-FGTS para 0,5% e estabelece limite de 0,1% ao ano para outras despesas administrativas.
Saiba mais: Caixa quer reduzir taxa do FGTS em 0,5% para permanecer com monopólio
No ano passado, a estatal lucrou R$ 5,1 bilhões apenas com a gestão do fundo. Com a nova medida, o governo estima que o banco perderá cerca de R$ 2,5 bilhões por ano.
Caixa reduz taxa para não perder monopólio
Em setembro, o governo havia anunciado que a Caixa poderia perder a administração exclusiva do FGTS.
“Não dá para o país do tamanho do Brasil contar com um banco só. Os interesses da Caixa, até pela sua presença no conselho curador, eram impostos aos interesses do fundo e dos seus cotistas”, disse o diretor do departamento do FGTS do Ministério da Economia, Igor Vilas Boas de Freitas.