A Caixa Seguridade, setor que lida com seguros e previdência da Caixa Econômica Federal, decidiu suspender o processo de oferta pública inicial de ações (IPO). A oferta inicial deve ser adiada até o mês de julho. A informação é proveniente de duas fontes da Reuters.
A Caixa Seguridade é o quarto maior grupo segurador do país, organizando as participações em seguros, previdência privada, capitalização e consórcio. A empresa havia protocolado em fevereiro, na sexat-feira (21), o pedido de oferta inicial na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Agora não dá mais pra fazer, vai atrasar pelo menos três a seis meses”, afirmou uma das fontes, sob condição de anonimato à agência.
A previsão inicial era de que o processo de IPO fosse concluído ainda em abril.
Mais sobre o pedido de IPO da Caixa Seguridade
A abertura de capital do braço de seguros do banco prevê uma oferta secundária de ações. Os bancos coordenadores da operação são, além do próprio banco público:
- Morgan Stanley
- Bank of America,
- Credit Suisse,
- Itaú BBA,
- Banco do Brasil.
Há três anos, o grupo segurador tinha desistido de abrir seu capital alegando condições adversas do mercado. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, quer abrir seu capital para levar adiante o plano de desestatização da instituição bancária.
Saiba mais: Caixa Seguridade protocola pedido de IPO na CVM
Além disso, o objetivo é obter recursos e pagar as dívidas que o banco público tem com a União, os chamados Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (ICHD).
“O primeiro passo [para usar os recursos captados] é pagar dívida. Não podemos ter uma dívida de vencimento e não pagar. Além disso, queremos continuar crescendo a carteira [de crédito] em alguns segmentos específicos, como crédito imobiliário e para infraestrutura”, tinha declarado Guimarães em janeiro.
Junto com o setor de seguros serão realizados IPOs da:
- Caixa Cartões
- Lotéricas;
- Caixa Asset Managment (setor de gestão de recursos)
Somente os primeiros dois, junto com o grupo segurador, deveriam gerar um ganho de R$ 25 bilhões para o banco.
Além da venda de ativos, a Caixa vai levar adiante uma reformulação de sua estrutura administrativa. Entre as operações que serão realizadas está um programa de demissão voluntária (PDV), o fechamento de agências e a criação de superintendências menores.