Caixa Seguridade (CXSE3): JP Morgan vê dividendos atrativos

O JP Morgan iniciou a cobertura das ações da Caixa Seguridade (CXSE3) com recomendação overweight (compra) e preço-alvo de R$ 18, o que implica um potencial de valorização de 34%, considerando ainda um dividend yield de 9%.

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A análise destaca a rentabilidade elevada dos produtos da seguradora, com retornos sobre patrimônio líquido (ROE) variando entre 20% e 70%.

A CXSE3 oferece um portfólio robusto de produtos, diz o JP Morgan, como seguros de vida, habitação, previdência, consórcios e títulos de capitalização, que têm menor dependência de precificação e maior foco na distribuição.

A empresa também conta com um contrato de 35 anos com a Caixa Econômica Federal (CEF), garantindo acesso a mais de 3,3 mil agências e 150 milhões de clientes, dos quais 20 milhões são ativos. Esse canal de distribuição contribui significativamente para as receitas, sendo responsável por 42% do faturamento projetado para 2025, segundo os analistas.

Assim, o relatório afirma que a combinação de altos retornos e baixas necessidades de capital permite à Caixa Seguridade destinar cerca de 90% de seus lucros ao pagamento de dividendos, fortalecendo o dividend yield projetado em 9% para 2025.

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O cenário de juros altos também é favorável à Caixa Seguridade, já que cerca de 50% de seus investimentos estão alocados em títulos indexados a taxas flutuantes.

A receita financeira representou aproximadamente 28% dos resultados nos três primeiros trimestres de 2024, e o JP Morgan projeta que cada aumento de 1 ponto percentual na Selic pode adicionar entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões ao lucro líquido.

Com a Selic projetada em 15,25% para o fim de 2025, a casa estima um crescimento de 15% na receita da Caixa Seguridade no segundo semestre. Isso posiciona a companhia como um ativo defensivo, capaz de enfrentar a volatilidade macroeconômica com resiliência, segundo o relatório.

Entre os desafios apontados, o JPMorgan destaca dois principais:

  1. Conflito de interesses com a Caixa Econômica Federal, que controla a seguradora e pode tomar decisões alinhadas aos interesses do governo em detrimento de acionistas minoritários.
  2. Dependência da rede de agências da Caixa, o que pode limitar a estratégia de distribuição e crescimento dependendo das diretrizes da controladora.

Apesar desses riscos, o JP Morgan considera a Caixa Seguridade uma opção atrativa no setor, destacando sua resiliência em um ambiente econômico desafiador e seu modelo de negócios altamente rentável.

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Guilherme Serrano

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