Caixa reverte prejuízo de R$ 1,1 bi e apresenta lucro de R$ 4,9 bi no 4T19

A Caixa Econômica Federal apresentou lucro líquido contábil de R$ 4,9 bilhões nos últimos três meses do ano passado. Dessa forma, a instituição reverteu o prejuízo de R$ 1,1 bilhão do mesmo período de 2018. Os dados foram divulgados pela empresa nesta quarta-feira (19).

O resultado operacional da Caixa teve alta de 120,6% no quarto trimestre. Dessa forma, o valor registrado foi de R$ 2,4 bilhões no último trimestre do ano passado. A carteira de crédito ampliada da Caixa somou R$ 693,7 bilhões ao final de 2019. No mesmo período de 2018, foram apresentados R$ 694,5 bilhões.

O resultado bruto da intermediação financeira foi de R$ 10,7 bilhões, uma alta de 34% ante o mesmo intervalo de 2018. A margem financeira chegou R$ 12,3 bilhões, de acordo com a Caixa, por conta do crescimento de 17,8% no resultado da aplicação em títulos e valores mobiliários (TVM) e diminuição de 12,4% nas despesas de captação.

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As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias aumentaram 2%, para R$ 6,8 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE) foi de 17,5% no quarto trimestre de 2019. O avanço nos últimos três meses do ano foi de 3,5%, “impactado pela estabilidade no saldo do patrimônio líquido médio e a evolução de 20,6% no resultado recorrente acumulado entre os períodos comparados”.

O índice de inadimplência neste intervalo de três meses ficou em 2,17%. A queda foi de 0,21% em relação ao terceiro trimestre de 2019.

Governo descarta privatização da Caixa

O secretário de Desestatizações e Desinvestimentos do Ministério da Economia, Salim Mattar afirmou, na última terça-feira (18), que o governo descarta a privatização da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e da Petrobras (PETR4).

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Além disso, o secretário acrescentou que a privatização da Eletrobras (ELET6) deverá ocorrer em 2020. O modelo de negócios da capitalização da companhia elétrica será concluído nos “próximos dias”.

“Estamos alinhavando e finalizando a melhor modelagem para o mercado e para o governo. Temos que vender a perda de controle pelo melhor valor possível, zelando pelo bem público. Teremos a modelagem pronta nos próximos dias”, afirmou Mattar, durante um evento do BTG Pactual.

Em janeiro, uma pesquisa realizada pelo site “Jota” informou que 62,4% dos deputados eram contra a ideia de privatizar a Caixa Econômica Federal. Outros 33,6 % eram a favor da desestatização da instituição e 4% se disseram “neutros”.

Juliano Passaro

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