A Caixa Econômica Federal divulgou hoje lucro líquido contábil de R$ 1,89 bilhão no terceiro trimestre, queda anual de 76,4%. Em comparação com o segundo trimestre, o lucro caiu 26,1%.
A carteira de crédito ampliada da Caixa encerrou o trimestre com saldo de R$ 756,5 bilhões em setembro, aumento de 10,7% ante o mesmo trimestre de 2019. Na comparação trimestral, a carteira cresceu 5,1%.
Segundo o relatório da Caixa sobre o resultado do terceiro trimestre, o avanço foi impulsionado pelos segmentos de 9,3% em crédito imobiliário, de 6,1% em infraestrutura, 5,2% em crédito comercial pessoa física e 32,9% no crédito rural.
A margem financeira somou R$ 9,879 bilhões no terceiro trimestre, recuo de 48% na comparação anual e alta de 2,7% na comparação trimestral. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 6,113 bilhões, recuo de 12,4% ante o mesmo perído do ano passado.
Provisão da Caixa cresceu 25,2%
Ao mesmo tempo, a provisão para créditos de liquidação duvidosa da Caixa foi de R$ 3,671 bilhões, alta anual de 25,2%.
A inadimplência no trimestre foi de 1,87%, ante 2,38% um ano antes. A cobertura da provisão cresceu 49,4 pontos porcentuais no trimestre e atingiu 239,2%. De acordo com a Caixa, não houve alterações no processo de apuração da provisão de risco de crédito no período. Também não foram feitas mudanças na constituição de provisão prudencial, além das já existentes.
Segundo o banco, as operações estão concentradas em operações de longo prazo, com garantias reais e com mais de 91,9% das operações classificadas em níveis de riscos entre AA e C. “A CAIXA continuará acompanhando as operações de crédito, em especial quanto aos reflexos da pandemia de COVID-19 na economia”, informou o banco.
O índice de Basileia da Caixa foi de 17,8%, 7,6 pontos porcentuais cima do mínimo exigido de 10,25%.
O total de ativos administrados pela Caixa somou R$ 2,5 trilhões, representando um aumento de 7,5% em relação a setembro de 2019 e de 2,1% quando comparado a junho de 2020, dos quais R$ 1,5 trilhão de ativos próprios e R$ 1,1 trilhão de ativos de terceiros.