A Caixa Econômica Federal apresentou, na manhã desta quinta-feira (21), um lucro líquido recorrente de R$ 3,04 bilhões referente ao primeiro trimestre deste ano. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o lucro equivale a uma queda de 7,5%. No entanto, em relação ao último trimestre de 2019, representa um avanço de 21,2%.
A margem financeira da Caixa atingiu R$ 10,63 bilhões durante os três primeiros meses deste ano, uma baixa de 13,8% no trimestre e de 14,3% na relação anual.
As receitas oriundas de prestação de serviços também caíram, no trimestre e no ano, 4,7% e 0,7%, respectivamente, indo a R$ 5,794 bilhões. As despesas de pessoal e administrativas, por sua vez, recuaram 10,3% e 1,7%, na mesma base comparativa, somando R$ 7,88 bilhões.
A carteira de crédito ampla da instituição estatal atingiu R$ 699,62 bilhões ao final de março. O resultado equivale a uma alta de 0,9% no trimestre e um avanço de 2% na relação anualizada. O índice de inadimplência foi de 3,14%.
Devido à crise da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) aumentaram, somando R$ 2,01 bilhões. O resultado é equivalente a uma alta de 25,2%, embora uma queda de 28,8% na relação anual. A Caixa elevou seu PDD em menores proporções em comparação aos maiores bancos privados do País.
O Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) durante o primeiro trimestre deste ano foi de 14,4%, em quanto no último trimestre do ano passado era de 14,73% e no mesmo período do ano passado de 12,40%. O índice de Basileia caiu para 18,67%, de 18,96% e 20,08%.
Como “principal parceira do Estado brasileiro na implantação das políticas públicas”, a Caixa destaca sua participação na distribuição do auxílio emergencial, que ficou conhecido como coronavoucher. Até 30 de abril, foram realizados 96,9 milhões de cadastros no programa, com mais de meio bilhão de visitas ao site oficial. Ao todo, foram disponibilizados R$ 35,5 bilhões em forma de auxílio.
Além disso, a Caixa salienta a redução de juros dos seus principais produtos, em decorrência da queda da taxa básica de juros da economia (Selic). As taxas de juros do cheque especial para pessoas físicas caíram de 4,95% a.m. para 2,90% a.m., enquanto o parcelamento de fatura do cartão de crédito passou de uma média de 7,7% a.m. para 2,90% a.m. (condições especiais com validade de 90 dias, iniciadas em 1º de abril).