A Caixa Econômica Federal decidiu listar suas subsidiárias nas bolsas de valores do Brasil e de Nova York. As ofertas públicas iniciais (IPOs) devem ser feitas na B3, São Paulo, e na Nyse, Nova York, simultaneamente.
A empresa ainda não tem uma previsão para o valor dos IPOs. A Caixa deve colocar as subsidiárias para negociação nas bolsas já no segundo semestre de 2019. As informações foram publicadas pelo “Valor Econômico”. A Caixa ainda vai definir a porcentagem de cada subsidiária a ser negociada.
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O banco tem buscado parcerias para as empresas antes dos IPOs. No setor de cartões, a intenção é montar um joint venture com alguma companhia já da área.
Antes da listagem nas bolsas, a Caixa programa a venda de mais ações. O banco também já anunciou o fim da sua participação na Petrobras, por meio da venda dos papéis.
A Caixa planeja realizar a oferta secundária no início de maio, na expectativa de que a volatilidade tenha sido contida até lá. A oferta da Caixa será feita pelos já contratados:
- Morgan Stanley (MSBR34);
- UBS Group AG;
- XP Investimentos;
- Bank of America (BOAC34).
A venda dos setores de loterias, gestoras, cartões e seguros da Caixa já havia sido anunciada pelo presidente do banco. Pedro Guimarães, disse que a instituição pretende vender todas as suas subsidiárias até de 2020.
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Listagem em ADRs Nível 3
A listagem será feita na American Depository Receipts (ADRs) Nível 3. O tipo de operação é o mais complexo. A Petrobras e a Embraer são outras estatais brasileiras que tem listagem de ADRs no nível 3 nos Estados Unidos.
Nesse modelo de operação, a exigência de documentação e prestação de contas é mais intensa. Já no nível 1, a ação não é negociada na bolsa e sim no mercado de balcão. Na negociação de ADR nível 2, o papel é negociado na bolsa, mas não tem captação.
Quanto maior o nível, mais normas. No terceiro nível, a Caixa deverá atender a diversas exigências para a negociação dos papéis das suas subsidiárias.