A Caixa Econômica Federal finalizou os procedimentos para obter autorização do Banco Central (BC) para a criação da Caixa DTVM. Agora, o objetivo do banco estatal é correr para migrar, em até 10 dias, os fundos que têm liquidez para a nova subsidiária e prepará-la para ser levada à bolsa de valores no início do ano que vem.
O sinal verde para a criação da Caixa DTVM havia sido dado pelo BC em fevereiro deste ano, e o conselho de administração da estatal aprovou a constituição da nova subsidiária em julho. Agora, o conselho deve aprovar a proposta de IPO, que buscará os moldes da oferta de ações da Caixa Seguridade.
De acordo com o Broadcast, a parcela a ser levada ao mercado deve ficar entre 15% e 18% do capital, com possibilidade de aumentar a colocação por meio de lotes extras, a depender da demanda. O IPO da Caixa Seguridade foi bem-sucedido com a participação intensiva dos investidores de varejo, incluindo funcionários.
Neste primeiro momento, a Caixa DTVM vai trabalhar apenas com produtos básicos, fundos do próprio banco, mas a intenção é que a corretora se desenvolva rapidamente, abrindo o portfólio para produtos de terceiros depois da estreia na bolsa.
A DTVM deve nascer com cerca de R$ 450 bilhões sob gestão, segundo o Valor Econômico. No fim de junho, a Caixa tinha R$ 694 bilhões sob gestão e 426 fundos administrados. Já as operações como a do FI-FGTS, que são as carteiras administradas do FGTS e do Fundo de Desenvolvimento Social, não serão transferidas e continuarão com a instituição financeira.
Segundo o Valor, a leitura no banco público é a de que a Caixa DTVM é atrativa para investidores porque vem crescendo e tem potencial para melhorias. A avaliação interna é que nunca se deu atenção ao segmento, que explodiu nos últimos anos com a busca do investidor por diversificação no contexto de juros baixos. A ideia agora é ampliar essa oferta.