A Caixa Econômica Federal (CEF) estaria trabalhando em um braço de cartões, conforme o “Estado de S. Paulo”. Conforme o jornal, o braço do banco seria intitulado “CaixaPay“, e concentraria além da Elo, outras maquininhas, cartões pré-pagos e um programa de fidelidade. A Visa e a Mastercard estariam interessadas no novo programa.
“A Caixa ainda não começou o processo, mas certamente temos interesse em conhecer os detalhes da parceria”, afirmou o presidente-executivo da Mastercard, João Pedro Paro Neto, à Imprensa no CIAB. O CIAB é um evento de tecnologia bancária, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
“Nós vamos participar da concorrência, com certeza”, declarou o presidente-executivo da Visa, Fernando Teles. A Visa já é parceira da Caixa atualmente.
Ainda conforme o jornal, além da Visa e da Mastercard, também estariam interessadas na parceria:
- a empresa de cartão de crédito japonesa, JCB.
- e a chinesa CUP (China Union Pay).
Em 2018, as receitas da Caixa somente na área de cartões somaram cerca de R$ 2,7 bilhões. Desta forma, houve um crescimento de 6,2% sobre a arrecadação de 2017. São mais de 100 milhões de cartões, entre débito e crédito. O atual CEO da Caixa, Pedro Guimarães, visa impulsionar este segmento.
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Caixa devolve R$ 3 bi ao governo
Guimarães informou também nesta quarta-feira (12) que a instituição financeira devolverá R$ 3 bilhões ao governo federal. Conforme o ministro da Economia, Paulo Guedes, o valor total que deverá ser devolvido é de R$ 42 bilhões.
Tal recurso é referente ao empréstimo feito através do Instrumento Híbrido de Capital e Dívida (IHCD) durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). O empréstimo ficou conhecido como “pedalada fiscal”, que resultou no impeachment de Dilma.
“Ocorreram muitos empréstimos da União aos bancos públicos, que cometeram excessos com esses recursos, em especial Caixa e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nossa responsabilidade é devolver esses recursos para a União, cumprindo exigências do Tribunal de Contas da União (TCU)”, disse o ministro.
Conforme Guimarães, a estratégia é que até o final do ano a Caixa tenha devolvido R$ 17 bilhões. O dinheiro arrecado não poderá ser usado como receitas primárias, mas será usado apenas para pagar a dívida pública.
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