Caixa, BB e Petrobras não entrarão nas privatizações, diz Mattar
A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a Petrobras não entrarão no programa de privatizações do governo federal. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (3) pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, Salim Mattar.
Segundo Mattar, essa foi uma decisão tomada pelo presidente Jair Bolsonaro. O mandatário é favorável as privatizações e a uma redução da dimensão do Estado na economia. Entretanto, o secretário foi “Caixa, Petrobras e Banco do Brasil não está no nosso mandato para privatização”.
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O secretário também salientou que eventuais divergências existente entre ministros do governo Bolsonaro sobre a venda de estatais já não existem mais.
Resistência de ministros
Durante os primeiros meses do governo, Mattar tinha alertado sobre resistências dos ministros para a venda de algumas empresas estatais.
“Há um alinhamento entre os ministros. Hoje está claro que o candidato eleito Jair Bolsonaro, com 57 milhões de votos e 55% dos eleitores, teve um mandato garantido pelo povo. Todos disseram que queriam reduzir o tamanho do estado. Decorridos esses meses, os ministros estão alinhados”, declarou Mattar.
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O secretário também definiu quais estatais não serão vendidas, salientando como o Executivo já mapeou as empresas públicas que dependerão de autorização do Congresso Nacional para serem vendidas.
Entre elas:
- Correios
- Casa da Moeda
- Eletrobras
Maia favorável para as privatizações
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta que é favorável à privatização da Eletrobras e dos Correios. Todavia, o político salientou que uma eventual cessão da Petrobras não encontraria uma unanimidade na sociedade e no Congresso.
“Não consigo responder de forma genérica sobre privatizações. Sou a favor da privatização da Eletrobras. Acho que o custo da administração da Eletrobras prejudica muito o Estado brasileiro. Isso acaba gerando prejuízo à sociedade. Esse é um caso importante”, destacou Maia saindo de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.