Caixa aumenta suspensão no pagamento de dívidas
A Caixa Econômica Federal decidiu prorrogar por mais seis meses o prazo de suspensão do pagamento da prestação de dívidas, que passou de 90 dias para 180 dias.
A medida tinha sido tomada pela primeira vez em meados de março por causa da paralisação econômica provocada da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O governo federal tinha apresentado o pedido para a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) para que o prazo fosse de 60 dias, em seguida prorrogados para 90, e agora para 180 pela Caixa Econômica Federal.
A suspensão vale para créditos comerciais de pessoas físicas e jurídicas, como contratos de renegociação, microcrédito e Crédito Auto.
Entretanto, essa prorrogação não é automática, e deve ser pedida por clientes pessoa física ou jurídica. Mas tem direito a esse aumento do prazo apenas quem estiver em dia com a dívida ou no máximo com 50 dias de atraso.
Para os clientes que já haviam solicitado a prorrogação da pausa para 90 dias (estando ela em andamento ou já concluída) será possível realizar um novo pedido de extensão por mais 90 dias.
A Caixa Econômica Federal informou que os valores das prestações adiadas serão alterados, assim como os juros incidentes durante o período de pausa, que serão distribuídos nas demais parcelas do empréstimo, que aumentarão de valor.
“No caso de empréstimos com atraso, o período pausado considera as parcelas atrasadas e os encargos por atraso também são incorporados ao saldo devedor”, informou a Caixa em seu comunicado. Clientes cujo contrato já tenha atingido o limite máximo de parcelas pausadas não podem pedir a prorrogação. Para aqueles que obtiveram carência no momento da contratação do crédito, o período de pausa é limitado no máximo a seis parcelas.
Caixa na linha de frente contra o coronavírus
Além da prorrogação do pagamento das dívidas, a Caixa Econômica Federal está atuando desde o começo da crise do coronavírus para tentar contribuir a retomada econômica do País.
Entre as iniciativas estão a criação de uma linha de crédito de R$ 7,5 bilhões para micro, pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEIs) junto com o Sebrae.
Segundo as instituições, o objetivo da criação de linha de crédito é apoiar os pequenos negócios que enfrentam os impactos da pandemia no Brasil.
Além disso, a instituição financeira anunciou que os clientes poderão conseguir empréstimos mais rapidamente caso o banco já possua o histórico e dados do favorecido.
O banco estatal também injetou R$ 43 bilhões na economia brasileira com novas linhas de crédito imobiliário, que possibilitariam a construção de 530 mil unidades habitacionais.
A Caixa Econômica Federal já tinha anunciado, recentemente, R$ 111 bilhões em crédito para pessoa física e jurídica, hospitais e os setores agrícola e imobiliário.