Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, foram criadas 277.018 vagas de emprego com carteira assinada em maio de 2022. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (28). O resultado fica acima do consenso dos analistas, que projetava 192 mil empregos criados no mês.
O saldo de 277 mil empregos do Caged é fruto de um saldo positivo entre 1,96 milhão de admissões e 1,68 milhões de demissões no mês de maio.
O setor que ‘puxou’ essa alta foi o de serviços, com criação de 658,1 mil vagas.
Logo em seguida, os que mais contribuíram foram a indústria (174,8 mil vagas), construção civil (155,5 mil vagas), aricultura (49,2 mil vagas) e comércio (13,9 mil vagas).
Nesse contexto, o total de empregados com carteira assinada no país chega a 41,7 milhões.
Ainda em abril, o saldo era positivo em 192 mil vagas, ou seja, o resultado do Caged de maio veio em patamar ainda maior.
Vale lembrar que em todos os meses de 2022 houve saldo positivo no Caged, deixando um saldo de emprego de 1,05 milhão no acumulado de 2022.
Nessa lacuna de cinco meses, contudo, o número fica levemente abaixo se comparado a 2021, já que foram R$ 1,16 milhão de empregos gerados em igual período do ano passado.
Porém, analisando somente o mês de maio, a criação de emprego foi maior, já que foram 266,4 mil vagas criadas em igual período no anterior.
Além do Caged, veja última leitura da Pnad sobre emprego
Na última leitura da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o IBGE demonstrou que o desemprego caiu 0,7 ponto percentual no trimestre encerrado em abril, na comparação com o trimestre anterior, e 4,3 pontos percentuais na comparação anual, fechando o período em 10,5%.
Segundo o instituto, esta é a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando a desocupação ficou em 8,1%.
Além disso, o IBGE destaca que o número de pessoas ocupadas chegou ao recorde histórico de 96,5 milhões, a maior taxa da série iniciada em 2012, com um aumento de 1,1% na comparação trimestral. A alta foi de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9 milhões de ocupados no ano.
De acordo com a coordenadora da Pnad, Adriana Beringuy, a queda na desocupação vem se mostrando sustentada desde o trimestre encerrado em julho de 2021. A especialista aponta avanços nos setores de transporte, armazenagem e correio, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
“O grupo administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi impulsionado pelo crescimento em educação, que inclui tanto a rede pública como a privada. Em outros serviços, destaca-se o aumento nos serviços de embelezamento, como cabeleireiros, manicure e esteticista”, afirma.
Seguindo a tendência apontada também pelo Caged, a Pnad, divulgada no fim de maio, demonstrou que o nível da ocupação, que representa o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 55,8%, uma alta de 0,5 ponto percentual na comparação trimestral.