A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia comunicou nesta segunda-feira (30) que a publicação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro e fevereiro foi suspensa.
De acordo com o Ministério da Economia, algumas empresas não divulgaram informações obrigatórias sobre as demissões de funcionários em janeiro e fevereiro por conta dos impactos causados pela pandemia de coronavírus (covid-19). Por conta disso, os dados do Caged do primeiro bimestre não podem ser consolidados ainda.
“Tal situação implica que o saldo de emprego formal, se divulgado, poderia apresentar valor superior ao que seria aferido se preenchido em conformidade”, informou o órgão federal.
No entanto, o governo salientou que está, junto ao Conselho Federal de Contabilidade, em contato com as empresas para solicitar o reenvio das informações. Além disso, o Ministério da Economia está compartilhando comunicados para lembrar a importância do envio dos dados.
Segundo o comunicado, cerca de 17 mil empresas não divulgaram suas informações sobre as demissões realizadas em janeiro. O número representa 2,6% do total de empresas que atuaram neste período.
“Tão logo a situação voltar à normalidade e as empresas retomarem o envio completo das informações, ocorrerá ampla divulgação das estatísticas dos meses anteriores, como sempre ocorreu”, completou o governo, em nota.
Dados do Caged de 2019
Em 2019, foram criadas 644.079 vagas com carteira assinada no Brasil. A leitura reporta o melhor resultado anual desde 2013. À época, foram gerados 1,1 milhão de postos de trabalho formais.
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No final do ano passado, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, estimou um saldo de pelo menos 635,5 mil novos postos de trabalho formais. Dessa forma, o resultado superou a expectativa da pasta econômica.
Segundo as informações do Caged, dezembro confirmou a tendência de fechamento de postos de trabalho após as contratações temporárias de final de ano, para suprir a demanda excedente do mercado. Foram encerrados 307.311 postos com carteira assinada no País. O saldo do último mês do ano foi o melhor desde 2005, quando 286.719 vagas foram extintas.