Cade: prazo de análise da compra da Oi (OIBR3) é adiado para fevereiro

O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (3) pedido feito pela superintendência-geral do órgão de adiar, por 90 dias, o prazo para analisar a operação de compra da Oi (OIBR3) pelas rivais TIM (TIMS3), Claro e Vivo (VIVT3). Com isso, se a data final para o órgão decidir sobre o negócio entre as operadoras de telefonia passa de 18 de novembro deste ano para fevereiro de 2022.

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Mais cedo, a superintendência-geral do Cade recomendou a aprovação do negócio, condicionada à assinatura de um acordo que prevê, entre outras ações, o compartilhamento de redes, aluguel de espectro de radiofrequência, contratos de roaming e oferta de pacotes de voz e dados para operadores virtuais. Em despacho, a área técnica afirma que não há necessidade de distribuição da base de clientes da Oi entre concorrentes nem de venda de ativos.

Aval do Cade é importante para Oi sair da recuperação judicial

O aval do autarquia é de extrema importância para a companhia, tendo em vista seu plano de recuperação judicial. Considerando que em junho de 2021 a dívida bruta da Oi era de R$ 29,1 bilhões e que o total arrecadado pela empresa na alienação das Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) totalizaria cerca de R$ 30,8 bilhões, nota-se a importância que a resolução das pendências no Cade possui sobre a Oi.

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A Oi encontra-se num processo de recuperação judicial desde 2016 devido a sua situação financeira na época.

Após o aditamento da RJ em outubro de 2020, a tele formou 5 UPIs que nada mais são do que divisões de parte dos ativos da empresa de forma a facilitar suas vendas.

As 5 UPIs foram:

  1. UPI TVCo –  A operadora ainda apura possíveis interessados
  2. UPI Torres – A venda foi realizada para a Highline por um valor de R$ 1,06 bilhão
  3. UPI Data Center – Vendida para a Titan no valor de R$ 325 milhões
  4. UPI Ativos Móveis -Vendida para o consórcio (TIM, Vivo e Claro) por R$ 16,5 bilhões
  5. UPI InfraCo – Vendida aos fundos do BTG Pactual por R$ 12,9 bilhões

Na semana passada, o Cade aprovou a venda do controle de 57,9% da unidade de fibra ótica (antes InfraCo e agora V.tal) aos fundos geridos pelo BTG Pactual (BPAC11), a Oi ficará com 42,1%.

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Cotação

Após a notícia, por volta das 14h40, as ações da Oi disparavam 9,09%, negociadas a R$ 1,08.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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