Compra da Corsan pela Aegea é aprovada por superintendência do Cade
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição de até a totalidade do capital social da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) pela Parsan e Saneamento Consultoria (Sanco), empresas detidas por Aegea, FIPs Perfin e FIP Kinea.
O despacho pela aprovação da compra da Corsan está publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 23.
A operação, descreve o parecer do Cade, “se insere no contexto de leilão realizado em 20.12.2022 pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul para a desestatização da Corsan, nos termos do Edital de Leilão nº 01/2022, publicado do Diário Oficial do Estado em 28.11.2022, no qual o Consórcio Aegea – formado por Parsan e Sanco – sagrou-se vencedor”.
Entenda a compra da Corsan pela Aegea
O Consórcio Aegea arrematou por R$ 4,15 bilhões a Companhia Riogradense de Saneamento, a Corsan. O leilão foi feito no dia 20 de dezembro.
O valor pago pela Aegea foi quase sem ágio sobre o valor mínimo, em leilão de privatização promovido pelo governo gaúcho na sede da B3 (B3SA3), em São Paulo.
Após decisões judiciais que suspenderam o leilão até a noite desta segunda-feira, o governo do Rio Grande do Sul conseguiu viabilizar o certame, que tinha como critério o maior valor de proposta, com lance mínimo de R$ 4,1 bilhões.
“A Corsan, como empresa estatal, não consegue realizar investimentos condizentes com a necessidade do Setor de Saneamento Básico dos municípios onde atua, bastante superior ao investimento realizado nos últimos anos. Assim, a desestatização tem por objetivo restabelecer a capacidade da empresa de realizar os investimentos setoriais necessários e ampliar a qualidade e cobertura do atendimento aos cidadãos”, diz o edital.
Atualmente a Corsan atende mais de 6 milhões de pessoas no Estado distribuídos em 317 municípios que contratam os serviços da companhia, até então estatal.
A privatização da Corsan ocorre em um momento que o Governo do Estado do Rio Grande do Sul aproveita a toada do Marco Legal do Saneamento, aprovado em 2020 e que prevê a universalização dos serviços de acesso à água potável até 2033.
Com Estadão Conteúdo