Cade deve aprovar fusão entre Boeing e Embraer em janeiro
A superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve aprovar em janeiro de 2020 a venda da divisão comercial da Embraer (EMBR3) para a Boeing. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira (20), pela agência de notícias “Bloomberg”.
De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, a fusão entre a Boeing e a Embraer deverá ser aprovada sem restrições. Além disso, a negociação deverá passar em rito sumário pela superintendência, portanto, não precisará ser levado para o pleno do conselho.
Segundo a agência de notícias, o órgão regulador não encontrou nenhuma preocupação concorrencial no negócio entre as duas empresas. Para o Cade, as duas companhias possuem investimentos complementares. Além disso, nenhum concorrente manifestou interesse na negociação.
O acordo entre as duas companhias já foi aprovado por órgãos reguladores dos Estados Unidos e da China. No entanto, a Comissão Europeia suspendeu, no mês passado, a análise do acordo com a justificativa que as empresas não deram informações suficientes.
Mesmo com os impasses na Europa, a Embraer prevê que a negociação seja concluída até o final de março de 2020.
Joint venture entre Boeing e Embraer
No mês passado, a Embraer revelou que sua joint venture com a Boeing, criada para estimular novos mercados para a aeronave multimissão C-390 Millennium, foi nomeada de Boeing Embraer – Defense.
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O C-390 Millennium tem um menor custo do ciclo de vida em comparação com as demais aeronaves do mercado, além de vantagens dos motores a jato para operar em diferentes missões, atrelando maior mobilidade, design robusto, flexibilidade, tecnologia comprovada de ponta e manutenção mais fácil e eficiente.
“A Boeing Embraer – Defense irá se basear no histórico de colaboração entre nossas empresas, no setor aeroespacial comercial e de defesa, para agregar maior valor ao C-390 Millennium, à medida que o avião está entrando em serviço e irá liderar a próxima geração de aeronaves de transporte e mobilidade aérea”, disse o presidente da Boeing para a parceria com a Embraer e Operações do Grupo, Marc Allen.